opinião

A gratidão tem memória curta 

15 de janeiro de 2020

1BERTO DE ALMEIDA

Não raras vezes, espalho neste meu singular espaço Plural(humbertodealmeida.com) o meu reconhecido ódio das pessoas ingratas. Não digo da “Ingratidão”, essa tem de existir para que possamos saber quem são esses sacripantas. Assim mesmo.  Não fosse a sombra, não saberíamos o que era a luz. Também existe a “pessoa nefasta”.  Verdade. Mas deixo o assunto para o bom baiano Gilberto Gil, que a define muito bem: “Tem a aura da besta/Essa alma bissexta, essa cara de cão”. Nenhuma dúvida: a pessoa ingrata, também é uma pessoa nefasta. Cara e alma de cão.

 Aqui, na minha ilha cercada de livros, discos e filmes, reflito como estivesse diante do espelho do meu banheiro. Se  aquela mulher de nome feio, Pandora, abrisse a sua a caixa – essa caixa é uma metáfora, a “caixa de pandora” pode ser aquela outra – e nela, entre todos os grandes males,  esse projeto de Deus que não deu certo, o homem, encontrasse   somente a “ingratidão”, a única a ficar  depois de aberta,   daria um jeito de roubá-la (a caixa não, essa é dela, a ingratidão) e dividir com os seus. Acreditem. São uns ingratos! Sacanas!

 

A ingratidão, assim disse um dia para um dos meus dois leitores, é a mesma pantera denunciada por um puto Augusto dos Anjos, esse ótimo poeta dos muitos poetas putos.  Nessa altura do campeonato destas mal-traçadas, alguém poderia muito bem perguntar, porque voltei ao tema da “ingratidão”, numa quarta-feira que tem tudo para ser grata. Mas, os dias, responderia à queima-roupa, se presente esse alguém estivesse, nunca são ingratos. Ingrato é o homem, esse projeto de Deus que desrespeita a família dos símios, dizendo que vem do macaco.

 

 A ingratidão, essa pantera, companheira inseparável de muitos, veio a esta cabeça cheia de lembrança e muita saudade, depois de ler mais uma vez o sempre grato Tião Lucena, o bom Tião Lucena, o excelente sujeito Tião, escrevendo/falando sobre a sua gratidão com o ex-governador Ricardo Coutinho, Tião foi Direto ao Assunto: “Não sei cultivar a ingratidão. E não costumo cuspir no prato que me alimentou.”

 

Tião Lucena, sempre grato aos amigos e um sujeito cem por cento família, um cara que faz bem a quem o conhece seja na primeira ou última impressão, a ordem pouco importa, vai além e muito além. Tudo, porém, naquele ritmo gostoso da imortal Nada Além (1937, gravada em 38, pelo também imortal Orando Silva) dos imortais Custódio Mesquita e Mario Lago. Pausa. Esqueçam essa parta, foi só para dizer que não falei de música.

 

Veja só que gratidão de um sujeito para não arreda o pé da lama, mesmo sabendo que ainda pode dela tirá-la, quando o amigo que lhe foi grato do seu apoio precisa. Sujeito amigo a toda prova.  Se Tião – para este MB – era um sujeito que valia mil, agora, depois dessa declaração pública de gratidão, vale mil vezes o que antes para essa valia. Pois é.  O sujeito lendo, por exemplo, o escrito por ele naquele dia, esse mesmo de onde me veio à vontade de espalhar estas palavras singulares no meu espaço Plural, fica naquele puxa-encolhe (expressão arretada) para ter um amigo assim.  Pois é, meus amigos, leiam de novo, E tendo a certeza de que Tião nunca foi um escritor de “textos pesados” como a consciência (sic) dos ingratos, esses sacanas que – tudo bem, pode ser contraditório – não tem consciência, leiam mais uma vez:

 

– “Aí o cara deixa de ser governador, não pode mais me nomear para coisa alguma e por isso vou desprezá-lo, trocá-lo por amor novo?

Troco não, meu senhor. Se ficar um único amigo ao lado de Ricardo Coutinho, esse amigo serei eu. Chova canivete aberto, o chão empene, dê a bixiga lixa, o cão do umbuzeiro se vire num traque, apareça mandinga, feitiço, catimbó, praga de urubu, a mulesta dos cachorros, a peste suína e nem assim eu abrirei mão dessa amizade”.

 

Puta que lós paris! Isso é ser mais que um amigo, é irmão! E quando foi isso?! Ora bolas!, diria o meu poeta Mário Quintana.  Foi no distante 03 de setembro desse ano que fiz questão de jogar dentro do vaso sanitário do Mercado Central, 2019, e deixá-lo boiando para que todos pudessem ver a merda que ele foi para este MB. Ah, e sem a menor vontade de puxar a descarga.

 

Aconteceu muito antes dos ingratos, sacanas, pulhas e sacripantas de plantão negarem por mais de duas vezes que não conheciam aquele que amigo deles foi um dia, deu-lhes “presente” que, muitos com o passado sujo, não mereciam. Sou puto com a ingratidão!  Muito, esse jagodes (epa!), bandalhos e biltres (epa! Epa!) precisam saber   que amigo, além de ser para “essas coisas” (tomar umas e outras e outras com umas boas comidas, dar cargos sem encargos e outros), também é para essa que não é “coisa” e que chamo de “GRATIDÃO”.

Parabéns, Tião! Em se tratando de Gratidão, essa em especial, estou contigo e não abro!

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5 Comentários

  • Reply Chico 15 de janeiro de 2020 at 13:01

    É também. Assino em baixo e quero que os covardes ,aproveitadores e ingratos,vão pra P Q P.

  • Reply Ivonete de Lima 15 de janeiro de 2020 at 13:31

    Sebastião, esse 1BERTO é phoda mesmo! Disse tudo e disse mais: os ingratos são mesmos uns felasdaputa! O texto é ótimo. Nenhuma novidade. Sou a mesma que perguntou um dia se “1BERTO” era pseudônimo. De quem ? Sei agora que esse escritor existe de verdade: ELE VOLTOU! Cadê os que receberam de Ricadro Coutinho os melhores cargos e poderes ? Os que viviam babando – labiam mesmo o saco dele – os ovos do governador ? E aqueles com o passado sujo – processos na justaça – e foram por ele agracidados com secretarias e outras ? Voce, meu velho, está dando um maravilhoso exemplo de homem e amigo! Parabéns 1BERTO, se você n ão existisse, deveria ser criado! Valeu Tiao! Me solidarizo com você;

  • Reply Vanda Balbino 15 de janeiro de 2020 at 18:29

    PARABÉNS TIÃO, É ISSO AÍ

  • Reply Maria de Fátima Lira 15 de janeiro de 2020 at 19:33

    Sou aposentada ! E sempre admirei o trabalho de Ricardo Coutinho! Não há como negar que foi o melhor governador da Paraíba! Sou grata por tudo que fez pela Paraíba e principalmente pelo meu sertão! Fico triste por tantas acusações ensultos e esculachos pela mídia,! E me perguntou e os governos que antecederam Ricardo? Aonde botaram o dinheiro a Paraíba não tinha nada! Parecia nem existir no mapa! E vejo a trairagem e os ingratos só o acusarem e chama- ló de ex presidiário! Fico chocada e triste ao mesmo tempo! Mas aconteça o que acontecer serei sempre uma admiradora grata e reconhecerei Ricardo Coutinho como o melhor governador da Paraíba! Que Deus o abençoe e que tudo seja conduzido da melhor forma possível!

  • Reply Mharcus Gobaerthus 16 de janeiro de 2020 at 08:39

    Há muito, desde de que o (i)mundo é (i)mundo, que se sabe que as pessoas gostam de deu cargo, e não de você!

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