AS PRIMEIRAS DO DIA

Finada Rosa Caracaxá costumava dizer que “quem vê cara não vê coração” para justificar seu imenso amor por Buziga, um sujeito feio de doer que lhe fazia caridades nas noites frias do sertão. Eu agora repito o que ela dizia: realmente, quem vê cara não vê coração. Essas moças, por exemplo, lindas, iguais aquela loira que o tio de Johnsim, nu com ela no quarto, mas sem ação diante da beleza dela, lhe estendeu a mão e pediu: “a benção minha santa!”, mas por dentro três perigosas distribuidoras de cocaína nas praças de João Pessoa.

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Elas foram presas recebendo 15 quilos de cocaína numa agência dos Correios em Mangabeira.

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Pelas caras, eu jamais suspeitaria. Parecem três anjas, três divindades, três santas, as santas do tio de Johnsim, mas na verdade, como também ensinava Rita Quarto de Bode, nem tudo que parece, é.

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Os nomes delas eu não digo, não por falta de vontade, mas porque faltou a informação. Gutemberg Cardoso falou do milagre e esqueceu de nominar o santo no seu Polêmica Paraíba. E a Polícia, que costuma botar foto de ladrão pobre só de cueca no instagram de Mofi com suas respectivas identidades, protegeu as beldades e só nos permitiu apreciar a paisagem.

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Como tem muita gente se anunciando  os descobridores da Cloroquina, fui pesquisar em doutor Google e descobri que esse medicamento foi descoberto  em 1934 pelo investigador da Bayer, Hans Andersag.

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Portanto já faz um tempinho que ela, a Cloroquina, está disponível na praça.

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Ela é usada para combater a malária e o uso contra o Covid 19 esbarra num impasse: O medicamento acarreta problemas com a visão, danos musculares, crises epilépticas e baixa concentração de células sanguíneas.

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Além de provocar arritimias cardíacas.

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E como a maioria dos infectados é de velhos, os médicos estudam com cautela o seu uso, pois todo velho tem ou está pra ter problema com o coração.

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E as panelas voltaram a bater ontem à noite.

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De São Paulo a Cachoeira dos Índios foi um panelaço só.

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E haja fundo de panela.

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Tudo amassado, mas feliz.

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Alguém pode me recomendar uma obra de Olavo de Carvalho?

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Uma que não fale em cu, pois de cu aquele senhor anda cheio.

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Vai gostar de cu assim lá no cabaré de finada Estrela!