MARCOS MAIVADO MARINHO
Em tempos de ‘pandemia’ de LIVES o público internauta teve oportunidade de se emocionar terça feira (07) com uma não musical, mas poética, conduzida pelo ex-senador Cássio Cunha Lima através do seu canal no Youtube.
O programa teve três partes distintas, uma delas extra-pauta e hilária quando Cássio tentava sem muito sucesso do seu apartamento em Brasília conectar-se com o filho Pedro, deputado federal, que estava em João Pessoa.
Mostrando completo desconhecimento da nova técnica e confessando-se um “leigo” na ferramenta que começara a manipular, o ex-senador suou frio e mostrou certo constrangimento ao tentar descontrair mostrando comentários divertidos dos internautas, em sua maioria amigos e familiares que tentavam passar-lhe dicas para agilizar os procedimentos.
Depois de uns cinco minutos de frustradas tentativas ele acabou sendo socorrido por “Jace” (a esposa Jacilene), a quem apelou como última tábua de salvação, que enfim botou Pedro no ar.
Passada a fase de risos, e acertado que não se falaria sobre política, mas exclusivamente sobre poesia em virtude daquele dia ser o do aniversário de morte de Ronaldo Cunha Lima, a quem filho e neto homenageariam, entrou a segunda parte onde Pedro deu um show de memória mostrando o tamanho do seu amor pelo poeta, de quem herdou a veia do verso e da trova.
Coube a Cássio adentrar sobre a vida do pai contando ao rebento momentos importantes da história, os tempos do êxodo da família em São Paulo e Rio de Janeiro, pós cassação do mandato do genitor como prefeito de Campina Grande, quando não pode deixar de recordar inimigos e amigos políticos que compuseram a trajetória do pai, dentre eles Raymundo Asfóra, Wilson Braga e Antonio Vital do Rego, que mereceu uma espécie de surpreendente capítulo à parte, identificado por Cássio como um INIMIGO que virou notável AMIGO.
A citação do nome de Vital do Rego mostrou-se necessária, à ótica do condutor da LIVE, para dimensionar o tamanho do “desprendimento” pessoal do poeta para com os seus adversários, todos eles – segundo Cássio – transformados em maravilhosos amigos.
A terceira parte teve a participação do jurista e amigo íntimo de Ronaldo, Irapuan Sobral Filho, que acabou por fazer Cássio chorar ao vivo e à cores, emocionado com as revelações e curiosidades contadas de modo elegante sobre a a vida do pai pelo talentoso advogado paraibano.
Finda a LIVE, e focando-se a alargada citação de Cássio sobre Antonio Vital do Rego, é inevitável para os analistas políticos de plantão especular sobre a existência já bem definida de uma hereditariedade político-social entre as duas famílias – Rego e Cunha Lima – capaz de “dar namoro” (ou casamento) já no pleito municipal que se aproxima.
Nesse foco, não será nenhum anormal exercício dizer-se que a também surpreendente chegada do assessor Temi Cabral ao ninho dos Rego não tenha sido caso pensado e passo inicial de uma relação política que poderá vir a contemplar novos tempos em Campina Grande, algo que só o tempo confirmará, ou não
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