Destaques

DOMINGUEIRAS DO TIÃO

28 de março de 2021
MÁQUINA DE COSTURA

Edson Lisboa, dentista e namorador, foi quem inflacionou o mercado do sexo em Princesa. No tempo em que ele trabalhava por lá, todo aquele que desvirginasse uma donzela, tinha que casar. Se não casasse, morria. Se não morresse, pelo menos era obrigado a indeniza-la.

Bastinho de Cachoeira possuía uma coleção primorosa de conquistas de virgens. E as indenizações que ele pagava eram sempre uma feira por mês, um perfume da Avon ou um talco daqueles cheirosos e brancos.

Mas Dr. Edson, rico, bom salário, boa pinta, achou de pagar os desvirginamentos com máquinas de costura Elgin. Cada cabaço, uma máquina. E eis que Princesa se transformou numa grande alfaiataria das ex-donzelas de Dr. Edson.

Os que só tinham a pinta e a lábia para levar as moçoilas até as pedras da Lagoa, local apropriado para consecução do crime, viam no dentista um concorrente desleal, pois não podiam comprar as máquinas de costura e as ex-donzelas que tinham ganhado essa condição sem passar pelo crivo de Dr. Edson, não aceitavam mais os presentes bestas como trancelins, gargantilhas, diademas, pulseiras de chifre de boi, alianças de compromisso compradas a Zezinho Ourives ou bolsas de estudos para fazer  o curso de datilografia na escola de Antonio Eugênio.

A sorte deles começou a mudar quando Dr. Edson, acostumado, se engraçou deu ma bela moça que tinha irmãos valentes. Os irmãos, brabos e ricos, nem quiseram saber de máquina de costura. Prometeram costurar o dentista caso ele não se casasse, e ele terminou casando.

Foi a sua sorte. Morreu cheio de filhas e apaixonado.

Eu morava na Rua do Cancão e tinha como companheiros de aventuras Zé Lambreta, Teté Passarinho, Zé de Rosa e Goguinha. Não cultivávamos o saudável hábito de capacitar donzelas para a vida despranaviada, nos conformávamos com as sobras ou com os chumbregos furtivos consentidos por almas caridosas que não convém dizer seus nomes agora.

De todas as grandes “almas caridosas” de Princesa, porém, a que mais conquistava os moços e alguns velhos enxeridos era, sem dúvida, a burra Veneza. Fogosa, morava nos capinzais do açude velho e quando avistava algum pretendente, não se fazia de rogada: Escorava numa pedra, levantava o rabo e deixava o amor acontecer. Certa vez sisudo senhor se emocionou tanto fazendo amor com Veneza que quis beija-la na boca. Só não beijou porque ela se recusou a lhe oferecer a língua.

NIVER DE ELOISE

Eloise Elane, primeira dama de Wellington Farias Fodinha, aniversariou esta semana sob abraços e beijos do seu apaixonado consorte e dos filhos. Eloise é gente boa.

 

NÍVER DE REGINALDO

Também registro o aniversário de 68 anos do meu amigo de infância Reginaldo, filho de Dona Rosa e de Luiz Mofeta, duas pessoas que povoaram minha infância e das quais guardo boas recordações. Reginaldo é, hoje, pai de lindas filhas, avô e próspero comerciante em Princesa.

 

NÍVER DE SUELLIANE

Destacar também o aniversário de Suelliane Lira, filha do meu saudoso amigo Dosca do Ó e de Marlene de Antonio Negão. Ela é esposa do meu sobrinho Dal Henrique.

Você pode gostar também

1 Comentário

  • Reply Delfos 28 de março de 2021 at 09:13

    A mídia noticia que o ministro
    da saúde depois de dizer que
    o Brasil é ” o país da máscara ”
    teria passado a criticar o uso
    obrigatório de máscara.
    Seria um contra-senso, em
    especial por que o ministro,
    segundo a mídia, baixou um
    portaria tornando obrigatório
    o uso de máscara nas dependências
    do próprio ministério.

  • Deixar uma resposta

    Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.