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15 de setembro de 2023

Três envolvidos na chamada Operação Cartola, desencadeada em 2018 para investigar manipulação no futebol da Paraíba foram absolvidos: O ex-procurador do Botafogo, Alexandre Cavalcanti (foto), o ex-diretor de futebol também do Belo, Francisco Sales e o empresário Alex Fabiano.

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Sobre a decisão da Justiça, o advogado Eduardo de Araújo Cavalcanti declarou:

Alexandre Cavalcanti teve sua vida arruinada por uma infundada acusação de fazer parte de uma “organização criminosa”. Perdeu emprego, perdeu clientes, seu escritório fechou, teve um infarto que quase o levou à morte por causa desse processo. Foi acusado apenas por emitir um parecer jurídico, já que ele era Procurador do Botafogo na época. Agora se fez justiça, cinco anos depois. Ele foi absolvido, é um homem íntegro, honesto, advogado respeitado e professor querido por todos os alunos. Como ele vai recuperar os danos à sua imagem, à sua honra, à sua família e à sua saúde? Nunca. É preciso seriamente repensar o sistema de persecução penal no Brasil.

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Pois é, exemplos como o de cima enchem as páginas da imprensa. Muitos ainda carregam o peso da culpa sem receberem um julgamento correto. Quando, um dia, o julgamento acontecer e a absolvição for proclamada, perguntas como as do advogado Eduardo Araújo ficarão no ar, sem respostas: “Quem vai pagar pelo prejuízo causado à vida, à honra e a família dos que foram jogados à execração pública?”

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No mesmo processo teve gente condenada. José Freire da Costa (Zezinho do Botafogo): acusado de organização criminosa, falsidade ideológica e promessa de vantagem para manipular resultados de jogos; Breno Morais (ex-presidente do Botafogo): acusado de prometer vantagem para manipular resultados de jogos; Guilherme Carvalho (Novinho): acusado de organização criminosa e falsidade ideológica e José Renato Albuquerque (ex-árbitro e ex-presidente da Comissão de Arbitragem): acusado de fraudar resultado de competição desportiva.

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Os réus condenados terão as prisões revertidas em prestação de serviço à comunidade ou à entidade pública, por sete horas semanais, na forma a ser fixada pelo Juiz das Execuções de Penas Alternativas, de acordo com as aptidões
dos sentenciados e prestação pecuniária no valor de 05 (cinco) salários-mínimos a serem revertidos em favor de instituição de caridade.

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Ainda triste com a partida de Ana Paula, uma dileta amiga que, durante anos, encantou os ouvidos da Paraíba com a sua voz maravilhosa nas ondas da Rádio Tabajara.

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Aninha, como a chamava, foi quem nos recebeu, eu e Cacilda, na nossa noite de núpcias no Hotel Tropicana, onde trabalhava como relações públicas.

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Era uma figura simpática, agradável e sempre disposta a se solidarizar com os amigos e colegas do batente.

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Sofreu injustiças, foi esquecida como esquecidos são todos os comunicadores que se distanciam da caneta ou dos microfones, mas os seus amigos do peito jamais a abandonaram.

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Se houver outro mundo, com certeza ela estará lá ao lado dos bons, dos escolhidos, dos que ganharam o céu como prêmio pela vida correta que viveram nesse mundo do lado de cá.

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Os nossos portais, tão presentes quando se trata de noticiar coisas ruins na vida de Ricardo Coutinho, ficaram em silêncio tumular depois da decisão do ministro Gilmar Mendes, de suspender a audiência do dia 21 para permitir que os advogados de Ricardo tomem conhecimento do que está gravado em quatro terabytes de arquivos que fazem parte do processo.

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Um pouco do bate boca entre os ministros André Mendonça e Alexandre de Morais, com “Vossa Excelência no meio”:

Mendonça: “Eu fui ministro da Justiça. Em todos esses movimentos de 7 de Setembro, como ministro da Justiça, eu estava de plantão, com uma equipe à disposição, seja no Ministério da Justiça, seja com policiais da Força Nacional, que chegariam em alguns minutos para impedir o que aconteceu. Não consigo entender como que o Planalto foi invadido da forma que foi invadido.”

Moraes: “Claramente a Polícia Militar [do Distrito Federal], que é, e eu também fui ministro da Justiça, e sabemos nós dois que o Ministério da Justiça não pode utilizar a Força Nacional se não houver autorização do governo do Distrito Federal, porque isso fere princípio federativo.”

Mendonça: “Não em relação aos prédios federais.”

Moraes: “Mas não em relação à Praça dos Três Poderes. É um absurdo, com todo respeito, vossa excelência querer falar que a culpa do 8 de janeiro foi do ministro da Justiça. É um absurdo.”

Mendonça: “Vossa excelência que está dizendo isso. Eu queria, o Brasil quer ver esses vídeos do Ministério da Justiça.”

Moraes: “O ex-ministro da Justiça que sucedeu vossa excelência fugiu para os Estados Unidos, fugiu.”

Mendonça: “Não sou advogado nem de ‘a’, nem de ‘b’.”

Moraes: “Vossa excelência vem no plenário do Supremo Tribunal Federal, que foi destruído, para dizer que houve uma conspiração do governo contra o próprio governo? Tenha dó.”

Mendonça: “Não coloque palavras na minha boca. Tenha dó vossa excelência.”

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Eita, hoje é sexta-feira, viu Edson Vidigal Filho!

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Inté.

 

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3 Comentários

  • Reply Pedro Macedo Marinho 15 de setembro de 2023 at 05:52

    Caro Tião, tive a honra e o privilégio de trabalhar nos Anos 70, com Ana Paula no Hotel Tropicana , ela recepcionista e eu gerente.
    Ana Paula Paula encantava a todos pela educação e o profissionalismo.
    Como radialista, foi uma das melhores da Paraiba e sera sempre lembrada, quando se fizer qualquer sobre o nosso rádio.
    Certa feita, a localizei numa rede social, usava o prenome Ana e um sobrenome de família, abrindo mão do conhecido e respeitado ‘Ana Paula’, quando então, brinquei com a mesma e lhe disse, use o seu conhecido nome Ana Paula, pois se trata de uma verdadeira griffe na nossa Paraiba, mas ela na sua humildade, optou em permanecer com o nome que já vinha usando, Que Deus acolha Ana Paula

  • Reply David 15 de setembro de 2023 at 10:56

    Caro Tião, o silêncio sepulcral desta imprensa paraibana, em relação à fatos que corroboram com as teses da defesa de Ricardo, de que neste singelo universo jurídico político midíatico paraibano, há uma intensa lawfare contra ele, jamais serão divulgados, e nós compreendemos o porque, mas o exemplo do universo político jurídico midíatico brasileiro no caso Lula x Moro e cia, serve para nosso universo particular paraibano e veremos,¹ creio eu, Ricardo ter justiça digna e imparcial (se é que ela existe) em Brasília, como vimos ocorrer com Lula.

  • Reply José Ailton Aires Ribeiro 15 de setembro de 2023 at 13:29

    Caro Tião, rapaz a coisa tá vaca desconhecer bezerro aqui na região da Serra do Teixeira até Sua Princesa com relação a empresa que faz a linha rodoviária saindo de João Pessoa, Campina Grande ATÉ o final no caso Princesa Izabel, ônibus sucateados, sem ar condicionado, não tem uma viagem que não quebre, sujos, com todo tipo de insetos, baratas, ratos e algo mais, agora resolveram diminuir os horários, tem dias que os horários de meio dia e 16 horas na tem mais, só o horário de 08 da manhã!!!
    Atenção DER e órgãos responsáveis RESPEITO PARA COM OS SERTANEJOS DA SERRA DO TEIXEIRA, RESPEITO!!!

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