Marcelo Piancó
SEU SOL PRIMEIRO NASCE COMO UM CÂNTICO
E OS COQUEIROS ACENAM LENTOS DAS ENCOSTAS
SE ERIÇANDO EM RELEVOS PELAS COSTAS
COM AS DEVASSAS LAMBIDINHAS DO ATLÂNTICO
E AS PINTURAS DE UM PASSADO TÃO ROMÂNTICO
EM PLUVIAIS GALERIAS SÃO EXPOSTAS
E O SEU VERDE SEGUE SEMPRE SEM REPOSTAS
PARA UM VERMELHO SURREAL E NADA QUÂNTICO
E A NOSSA HISTÓRIA EM RUÍNAS ANCESTRAIS
TOMBADA AOS PÉS DE CRIADOUROS VERTICAIS
NOS FAZ REFÉNS DE UMA PATÉTICA PELEJA
ENTRE O RETRATO DA CIDADE FOTOGÊNICA
E O BANNER TOSCO DE UMA URBE ESQUIZOFRÊNICA
QUE SEMPRE AFAGA A MESMA MÃO QUE A APEDREJA
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