opinião

Aranha, um artista a caminho do Céu.

11 de novembro de 2024

 

Por Chico Pinto Neto

Aranha se foi!
Partiu em busca do desconhecido, da morada infinita, mas, com a sua inteligência e sutileza de artista contemplativo, encontrará o seu espaço ao lado dos bons.
Daqueles que antes partiram!
Aranha sempre foi um colega sem grandes ambições. Mas era um amigo prestativo e cordato. Com certeza não irá mudar de rumo e chegará ao sacrossanto espaço celestial.
Ficará próximo do Divino tratando de “Essas Coisas” e das suas ideias culturais e visionárias.
Ideias estas que engrandeceram o nosso cotidiando, através dos seus escritos nas páginas dos jornais. Jornais estes que se apressaram em partir bem antes dele e de muitos outros do mesmo gabarito cultural.
Carlos Antônio Aranha de Macedo, nos deixou aos 78 anos de idade.
Tempo suficiente para ficar enraizado na história da nossa imprensa, da cultura e das artes paraibanas.
Nos deixa uma lacuna imensurável que, talvez, seja sentida por “alguns” que lhes negaram o merecido aconchego nos momentos em que mais precisou.
Coisas da vida própria do ser humano!
Aranha, passou seus últimos dias solitário em uma casa de repouso, sem a presenças de muitos que se diziam seus amigos, aproveitaram da sua companhia nos papos da redação, dos bares e, até mesmo, dos seus ensinamentos, mas, não encontraram tempo para tirá-lo da solidão.
Não sei se foi feliz nesses últimos anos, mas tenho a certeza que não levou mágoa de ninguém.
O seu coração era puro e não havia espaço para sentimentos negativos.
Respeitado nas redações pelos seus textos limpos e esplendorosos, pela agilidade com o teclado e conteúdo.
Foi, e será para sempre, um ás em tudo aquilo que fez.
Literato de cabeça aberta, escrevia com maestria suas letras musicais, muitas delas vitoriosas em festivais.
Também deixou peças teatrais, livros e canções inéditas.
Como diretor da Rádio Tabajara fez jus ao desafio, implementando na emissora uma programação musical de alto nível e um jornalismo de qualidade.
Reconhecido pelos meios culturais da Paraíba, foi eleito membro efetivo da Academia Paraibana de Letras, onde, através das suas ideias só fez engrandecer cada vez mais a “Casa de Coriolano de Medeiros”.
Aranha partiu em busca do seu descanso eterno, onde, com certeza, irá encontrar o seu irmão o médico e escritor Marcos Aranha, sua genitora e uma imensidão de amigos, entre os quais Martinho Moreira França, Biu Ramos, Juarez da Gama Batista, Cecílio, Agnaldo e Arlindo Almeida, Wellington Farias, Marciano Soares, Galvão, Armando Nóbrega e tantos outros da mesma estirpe.
Aqui, ficaremos com a saudade e pensando “Nessas Coisas” suas crônicas e contos inesquecíveis.
Se puder e for permitido reserva pra mim e Tião Lucena um espaço celestial digno das nossas peraltices que somente Deus é sabedor e irá nos perdoar.

Você pode gostar também

2 Comentários

  • Reply Zé bedeu 11 de novembro de 2024 at 19:58

    bravo

  • Reply Paulo Seérgio Lyra 12 de novembro de 2024 at 20:47

    Belíssima homenagem, parabéns pelo texto.

  • Deixar uma resposta

    Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.