ANAYDE, HERIBERTO E JOÃO DANTAS
Foto Google
João Dantas não foi o primeiro amor de Anayde Beiriz, antes dele houve Heriberto Paiva, a quem ela chamava de Heri. Os dois mantiveram um romance que venceu distâncias, ele no Rio, ela na Paraíba, escreveram-se com promessas de amor sem fim, de paixões ardentes. Corria o ano de 1926.
Ao ponto de, numa carta comunicando que recebera o seu retrato, Anayde confessar: “Há algumas horas está comigo o teu retrato.Beijei-o doidamente com calor e com ânsia tal se estivera beijando o teu rosto ou a tua boca que amo, que quero, que desejo… Colloquei-o aqui, bem juntinho ao meu leito para contemplal-o demoradamente e para que ele vele o meu sonno. És tu o meu último pensamento de todas as noites e o primeiro de todas as manhãs.”
Tão bonita história de amor, porém, chegou ao fim. Um amigo o encontrou no Rio e contou que dançou com Anayde numa festa em casa de outro amigo.
“… há dias, tive o desprazer de encontrar-me com um colega conterrâneo, o Flávio Maroja Filho, e tratando de assumptos da Parahyba ele perguntou-me se eu ainda gostava de ti.Respondi-lhe negativamente para não tratar de um assumpto que só a mim interessa; ele,porém, depois de te elogiar bastante pelos contos que escreves, contou-me haver dançado comtigo numa festa realizada em fevereiro na casa de Dr. Maciel. O que fizeste foi sumariamente doloroso. Roubaste a minha mocidade, me iludiste com palavras vãs, finalizaste a minha carreira tão bem começada. Jamais procurarei novos amores, seria fútil se assim praticasse. Anayde: Por que ? Nada. Adeus”.
Ela respondeu se lamentando. E encerrou a carta assim: “Não me tenha ódio; tenha somente piedade… Agora, adeus. Aperta-lhe as mãos, pela última vez, num adeus muito longo e muito triste. Anayde.
A vida seguiu e surgiu João Dantas, jovem advogado que gostava de poesia. Anayde, que dava aulas em Cabedelo e escrevia crônicas e poemas nos jornais, começou um relacionamento amoroso com o advogado, os dois se viam e namoravam em bancos de praças, na porta da casa dela na Santo Elias, até que Dantas, após brigar com João Pessoa, mudou-se para Recife.
Anayde o via regularmente, mas quando João matou João Pessoa a tiros e foi recolhido à Casa de Detenção, Anayde viajou ao Recife para tentar encontra-lo. Não conseguiu mais vê-lo.Dias após o assassinato de João Pessoa, João Dantas foi sangrado dentro do Presídio.
Vagando sem rumo pelas ruas do Recife, fugindo da Polícia que a procurava, chegou ao asilo Bom Pastor no dia 19 de outubro e pediu asilo . As freiras contam que quando ela chegou ao local já havia ingerido veneno. Segundo a carta da Madre Superiora enviada à família, ela sofreu muito. Morreu rezando o Pai Nosso, no dia 22 de outubro de 1930. Tinha 25 anos e foi enterrada como indigente.
FESTA NA BAHIA
O casal Sonia e Giodanio Mouzalas, advogados influentes na sociedade pessoense, esteve na festa de inauguração da nova fábrica da São Braz na Bahia. Ela é filha do renomado criminalista e jornalista Cícero Lima.
NA GALINHA DE GUARABIRA
Fazia tempo que a gente não se via, mas na quinta, além da alegria do reencontro, tivemos a oportunidade de relembrar bons tempos e matar as saudades. Falo de Paulo Freire, que com sua amável companheira, dividiu mesa comigo e Cacilda no restaurante da galinha, saída de Guarabira para Pirpirituba.
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