A primeira vez que vi Biu Ramos sentado diante da queixo duro Oliveti redigindo uma matéria, fiquei de queixo caído. O texto saía numa rapidez impressionante. Até parecia que estava copiando alguma coisa. Finda a digitação, ele puxou o papel da máquina e o entregou ao diagramador, dizendo como deveria ser diagramado, tamanho do corpo, das picas e dessas outras coisas hoje em desuso.
No dia seguinte, lá estava a cronica de Biu, na íntegra, inteirinha, sem uma erro, sem faltar uma vírgula.
Biu era assim, um jornalista que não perdia tempo com enfeites ou firulas.
Não passava um ano para escrever alguma coisa, como alguns que conhecemos.
Saía tudo na hora, na bucha. E saía perfeito, bem feito, bonito.
Seus livros estão aí à disposição dos que não privaram da sua convivência. Na Leitura estão os volumes dos Crimes que Abalaram a Paraíba. Imperdíveis.
Até morrer produziu e viveu a vida em sua plenitude. Foi boêmio, foi intelectual, foi tudo o que quis.
E depois de morto continua a viver através do seu legado.
1 Comentário
É verdade. Foi um grande mestre.