O sobrenatural é um ser misterioso que ultrapassa o tempo e ao longo do tempo ganha contornos e denominações as mais incríveis. O mais novo nome desse troço saiu ontem aqui na Capital. Chama-se conjecturas e análises genéricas , segundo batismo dado pela nota oficial da municipalidade para denominar aquela conversa entre dois secretários municipais tratando de como tirar de fornecedor o fundo em caixa 2 para financiar a eleição de 2018 .
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E o Balanço Geral da Correio passou a se chamar, desde ontem, “o encontro do trio de três que não deixa entrar nada que vá doer nas conjecturas e análises genéricas do chefe.”
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Incrível o silêncio dos blogs e portais que passaram a semana cobrando isso e aquilo do Ministério Público e da Justiça. Quando o assunto são as “conjecturas e análises genéricas” eles submergem e não deixam nem a cabecinha de fora.
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E o secretário Josival, quando perguntado sobre a política de mobilidade urbana da Prefeitura, citou a pinguela da Geraldo Mariz, a eterna e interminável ponte da Beira Rio e umas duas avenidas que foram alargadas no Altiplano do Cabo Branco.
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Pensei que ia falar sobre o Viaduto do Geisel, o Trevo das Mangabeiras, a duplicação de Cruz das Armas e a Perimetral Sul. Mas aí me lembrei que ele não poderia fazer isso, porque quem fez tudo isso foi Ricardo Coutinho.
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O Conexão Master só não foi flor de laranjeira para Josival reinar porque Elton Santana estava lá e teve coragem de perguntar sobre o diálogo dos secretários Fulgêncio e Tavares a respeito daquelas tais “conjecturas e análises genéricas”.
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Adriano Galdino sozinho está valendo por uma Assembléia inteira. Entendam como quiserem.
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Edilane Araújo, gravem este nome. Jornalista investigativa responsável pelo furo dos secretários flagrados tratando daquelas tais “conjecturas e análises genéricas”.
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E o prefeito nem conjecturar quis.
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Josival disse que o prefeito resolveu manter os secretários flagrados “em conjecturas e análises genéricas” porque eles estavam “negociando em fase prévia”.
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Em fase prévia pode.
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Afinal, a conversa deu-se em março de 2018.
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Mas aquela dos secretários do Estado se deu em 2012 e nem por isso os do prefeito acharam que isso podia.
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Essas conjecturas e análises genéricas vão acabar me matando.
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Manchete de Clilson Júnior no Clickpb: “EM SUMÉ: empresa mordeu R$ 7 milhões para implantar 12 mil dentaduras e ex-prefeito abocanha R$ 56 mil todo mês de salário como médico”
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