opinião

A OBRA E O OBREIRO!

11 de janeiro de 2024

 

POR: Alberto Pessoa

No Tempo do Cangaço é um livro necessário e nobre. Na obra, o leitor será convidado a acompanhar a força e a trajetória de Lampião e os seus guerreiros valentes, determinados. O autor se deu por completo na pesquisa e narração dos fatos.

Destrinchou a história como quem vivenciou o tempo do cangaço pelos áridos caminhos do sertão ao lado de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e seu “exército”. Os cangaceiros tinham por meio a violência e por fim a defesa da justiça em um mundo cruel e sem limites.

A guerra urbana que hoje assola o nosso país nem se compara às batalhas vividas no tempo do cangaço. A era de Virgulino passou, porém a história e a lenda continuam vivas a cada dia no coração e na memória do povo deste país.

A saga revivida neste livro, do paraibano Tião Lucena, com tamanha precisão e revelações inéditas, certamente se somará ao acervo gigante produzido sobre o tempo do cangaço. O leitor fará uma viagem fascinante no espaço e na história, conhecendo numa só obra todos os personagens, protagonistas, vilões e heróis desse período marcante da história do Brasil.

O autor cita oportunamente o cotidiano, os costumes, a ideologia dos cangaceiros, que, mesmo após a morte de Virgulino, deram continuidade ao cangaço no Nordeste. Até hoje há remanescentes do tempo do cangaço para que a história continue viva.

Lampião foi morto em 1938, em Angicos, e em 25 de maio de 1940 Corisco e seu bando foram cercados em Brotas de Macaúbas pela volante do tenente Zé Rufino. Dissolvera o bando e abandonara as vestes típicas, procurando passar-se por simples retirante. Terminava ali a carreira de Virgulino Ferreira da Silva, o Capitão Lampião, o homem que espalhou terror e justiça pelo sertão nordestino, odiado por muitos, endeusado por tantos, uma lenda que ultrapassaria a barreira do tempo e se eternizaria através das histórias e estórias contadas e declamadas pelos que viveram esse tempo.

Na obra de Tião Lucena você vai saber de tudo que aconteceu no tempo do cangaço.

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