Por GILBERTO CARNEIRO
RECEBI a ligação gerada há 6 mil quilômetros de distância. Do Canal do Panamá, meu amigo, que por lá reside, me informou que estava vindo passar as férias de julho aqui em nossa terrinha e como bom mineiro que gosta de pescar, havia organizado, de lá, uma pesca esportiva.
No dia seguinte à sua chegada logo cedo da manhã nos dirigimos ao Jacaré, em Cabedelo, para pegarmos o barquinho charmoso comandado por @ronildojr_pescaesportiva, que sobe pelo rio Paraíba com interessados em praticar a pesca esportiva. A prática consiste no uso do anzol nas águas turvas de um dos afluentes do rio Paraíba. A pesca do peixe tarpon é feita de molinete nas águas turvas do rio Mandacaru, com o cuidado de devolver o peixe às águas do rio depois de pescado.
É um programa maravilhoso e me envergonha morar aqui e ser informado da existência deste tipo de atividade por alguém que reside em outro país.
A atividade de pescar é apaixonante. Primeiro porque é praticada em um ambiente que lhe conecta com a natureza de uma forma muito intensa, com paisagens deslumbrantes; segundo por proporcionar momentos agradáveis na companhia de um amigo de verdade; terceiro por ser um passeio que pode integrar toda a família ao ar livre, e para mim, qualquer atividade que consiga agregar três gerações diferentes merece meu apreço; e quarto, por pequenos rituais que fazem parte da rotina de cada pescador ou “turma” de pesca, seja o cafezinho no nascer do sol, a cerveja gelada nas horas mais quentes, as piadas do fim do dia sobre o cara que não pegou nada e as “histórias inusitadas de pescador”.
O fato é que o nosso Estado tem muito potencial para crescimento no segmento do turismo e do lazer, mas falta uma maior atenção das autoridades públicas para divulgar e potencializar essas atividades. No caso da pesca esportiva não há sequer regulamentação da atividade aqui na Paraíba, o que fomenta a prática de forma clandestina e sem o devido respeito ao nosso ecossistema.
Sem Comentários