Políticos e entidades se posicionaram neste domingo (19) sobre a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), em um ato em Brasília que defendia medidas ilegais, como a intervenção militar.
Em cima de uma caminhonete, Bolsonaro discursou em frente ao Quartel-General do Exército e na data em que é celebrado o Dia do Exército. Dezenas de simpatizantes se aglomeraram para ouvi-lo, contrariando as orientações de isolamento social da Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter a propagação do coronavírus.
Entre os apoiadores do presidente, alguns carregavam faixas pedindo “intervenção militar já com Bolsonaro”. As faixas tinham o mesmo padrão e pareciam ter sido feitas em série.
Repercussão
Veja, abaixo, a repercussão (em ordem alfabética):
Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) – “É assustador ver manifestações pela volta do regime militar, após 30 anos de democracia. Defender a Constituição e as instituições democráticas faz parte do meu papel e do meu dever. Pior do que o grito dos maus é o silêncio dos bons (Martin Luther King). Só pode desejar intervenção militar quem perdeu a fé no futuro e sonha com um passado que nunca houve. Ditaduras vêm com violência contra os adversários, censura e intolerância. Pessoas de bem e que amam o Brasil não desejam isso.”
Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – “O presidente da república atravessou o Rubicão. A sorte da democracia brasileira está lançada, hora dos democratas se unirem, superando dificuldades e divergências, em nome do bem maior chamado LIBERDADE!”
Bruno Araújo, presidente nacional do PSDB – “O presidente eleito jurou obedecer à Constituição brasileira. Ao apoiar abertamente movimento golpista, coloca em risco a democracia e desmoraliza o cargo que ocupa. O povo e as instituições brasileiras não aceitarão.”
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), deputado federal – “Bolsonaro não vira as costas para o povo e vai ao encontro daqueles que espontaneamente já estavam na frente do QG do Exército. Trabalho da extrema imprensa hoje é estimular discórdia entre os poderes e botar palavras na boca do presidente. #RIPimprensa”
Gleisi Hoffmann (PT-PR), deputada federal e presidente nacional do PT – “De novo Bolsonaro e sua irresponsabilidade. Provoca aglomeração para fazer discurso político e incentivar ilegalidades. Receita perfeita para a tragedia.”
João Doria (PSDB), governador de São Paulo – “Lamentável que o presidente da república apoie um ato antidemocrático, que afronta a democracia e exalta o AI-5. Repudio também os ataques ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal. O Brasil precisa vencer a pandemia e deve preservar sua democracia.”
Randolfe Rodrigues (Rede-AP), senador – “Enquanto enfrentamos a pior crise da nossa geração, com a capacidade do nosso sistema de Saúde comprometida, c/ pessoas morrendo e os casos aumentando, Bolsonaro vai às ruas, além de aglomerar pessoas, atacar as instituições democráticas. É patético! As pessoas que estão em atos pelo país pedindo intervenção militar devem ser punidas pela justiça, no rigor da lei! Assim como Bolsonaro, que não preside, está a serviço da divisão do país, do caos e da MORTE!”
Weverton Rocha (PDT-MA), senador – “Hoje, Bolsonaro saiu em carreata, provocando aglomeração. Se mantém em palanque e incita um movimento, que pode ter como consequência a morte de inúmeros brasileiros. Já faz tempo que cruzou a linha da irresponsabilidade e se tornou crime contra a saúde pública.
5 Comentários
Quem vai colocar o guizo no gado, ops, gato?
Será em alto e bom som, ou na surdina?
Sob os raios solares, ou à luz da lua?
Será unitário ou ao quadruplo?
Ou teremos um refugiado político na Terra do Tio Sam?
VINTE CORAJOSOS GOVERNADORES ASSINARAM UMA NOTA, ONTEM, EM REPÚDIO AOS ATAQUES AOS PRESIDENTES DA CÂMARA E DO SENADO.
A NOTA FOI DIVULGADA HOJE, SEM AS ASSINATURAS DE SETE DELES:
WILSON LIMA – (PSC) AMAZONAS
RATINHO JUNIOR – (PSD) PARANÁ
ROMEU ZENA (NOVO) MINAS GERAIS
IBANEIS ROCHA – ( MDB) DIST.FEDERAL
ANTINIO DENARIUM (PSL) RORAIMA
GLADSON CAMELI (PP) ACRE
MARCOS ROCHA (PSL) RONDÔNIA
OS 7 ANÕES DA ESTÓRIA DE CONTO DE FADA.
Com sete que não assinaram, o bozzo tem maioria infelizmente
De um total de 27, e SÓ 7 NÃO ASSINARAM.
COMO PODE SER MAIORIA?
Quando é que vão tomar uma providência contra esse elemento.