Viajava para o interior quando o rádio anunciou mais uma fase da Operação Calvário. Desta vez o alvo principal da operação era o procurador aposentado e secretário executivo do Turismo, Ivan Burity de Almeida.
Claro que tive um choque.
Ivan eu conheço desde o tempo do governo do seu tio, o saudoso Tarcisio Burity.
Não o tinha como desonesto.
E só o terei quando ele for julgado e condenado.
Mas vamos ao que interessa.
Numa das paradas em meio de estrada, puxei os comentários do blog e vi a turma incendiária me cobrando matéria sobre o assunto.
Como se eu fosse obrigado a fazê-lo.
Não sou. Este blog é particular, é meu, nele eu escrevo o que me vem na telha. E estamos conversados.
Mas vou comentar o assunto.
Diz o noticiário que Ivan é acusado de receber propina por intermediar contratos de compra de material didático e livros para a Secretaria da Educação.
Também diz que ele, Ivan, ficou rico da noite para o dia e aumentou sua fortuna em seis anos para soma superior a 5 milhões de reais.
Ivan foi preso. E da prisão pediu exoneração do cargo.
Vou aguardar o seu julgamento. Até lá não digo que ele é santo, nem cão.
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Nas considerações do Ministério Público há a informação de que o acusado Ivan Burity e os outros citados agiam por conta própria.
De modo que, se alguém pensou em incluir no rol dos acusados alguma outra pessoa, ficou só no desejo.
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A bomba caiu em Princesa. O vice-prefeito da cidade, Aledson Moura, que é médico, foi alvo de busca e apreensão porque seria dono de um laboratório chamado Total Lab, que prestava serviço em Mamanguape.
No caso, Aledson figuraria como corruptor ativo, já que, segundo o Ministério Público, pagava propina ao dono do Ipsep, Instituto responsável pela administração do Hospital Geral de Mamanguape.
Ouvi falar que, no programa de rádio que apresenta junto com os irmãos em Princesa, Aledson Moura responsabilizou o prefeito Ricardo Pereira pela sua inclusão na Operação Calvário.
Acho que Ricardo Pereira não é forte o suficiente para influenciar o Gaeco.
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O governador João Azevedo decretou intervenção nos hospitais Metropolitano de Santa Rita e Geral de Mamanguape.
Foi uma forma de enfrentar a nova investida do Gaeco.
Mas cumpre informar que esses dois hospitais, mais o Hospital de Trauma Senador Humberto Lucena, passaram praticamente o ano inteiro de 2019 sob intervenção.
No dia 25 de janeiro o governador recém empossado decretou intervenção nos três hospitais por um prazo de 90 dias e em 25 de abril, através de outro decreto publicado no Diário Oficial, prorrogou a intervenção por mais 90 dias.
Ou seja, seis meses sob intervenção.
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Como sempre acontece em casos de repercussão junto a opinião pública, alguns políticos quiseram fazer média com o trabalho sério do Ministério Público.
Valber Virgulino, pretenso candidato a prefeito, foi um deles.
Disse que o socialismo paraibano está podre, etc e coisa e tal.
Mas levou um puxão de orelhas do deputado Jeová Campos.
Jeová lembrou que Valber se serviu do Governo na condição de secretário e que por isso estava cuspindo no prato que comeu.
E em seguida mandou ele criar vergonha.
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Alessio Trindade, caso peça exoneração do cargo, voltará ao emprego federal na antiga Escola Técnica Federal da Paraíba.
1 Comentário
diz pra essa gente falar do queiroz, do flávio, do laranjal do presidente e do seu partido