A propósito de Gilberto Carneiro

Lendo atentamente o documento subscrito pelo desembargador que determinou
a  busca e apreensão na residência e gabinete de trabalho de Gilberto Carneiro da Gama, encontrei, como peça principal a fundamentar a ordem, o fato de Gilberto e a esposa, quando em viagem ao Rio de Janeiro, serem recepcionados por um motorista que servia a Michele Louzada, a funcionária de Daniel Gomes filmada entregando uma caixa de vinho ao assessor de Livânia Farias.

A pergunta que faço é a seguinte:

Gilberto Carneiro teria obrigação de saber que aquele motorista levaria, tempos depois, uma caixa contendo conteúdo suspeito ao assessor Leandro, de Livânia?

Outra coisa que me deixou meio sem entender foi a ligação da Laura , a dita assessora de Gilberto Carneiro.

Diz a decisão que ela é ligada a Gilberto Carneiro desde 2015, porém, lá na frente, afirma:

“Em relação a MARIA LAURA CLARA DE ALMEIDA CARNEIRO, as medidas de prospecção investigativa da Operação Calvário II e seus desdobramentos, apontaram o envolvimento dela com LIVÂNIA MARIA DA SILVA FARIAS, então secretária de administração do Estado da Paraíba, também implicada na operação.”

Aí eu pergunto: Laura servia a Gilberto ou a Livânia? Era assessora de um ou da outra?

O certo é que jogaram o nome do ex-Procurador Geral do Estado nas manchetes e o rapaz, mesmo que venha a provar sua inocência lá na frente, dificilmente será ressarcido do prejuízo moral causado pela espetacularização patrocinada pela mídia declaradamente inimiga de Gilberto Carneiro e de todos os que integram o seu grupo político.