Lealdade e deslealdade foram duas palavras bastante citadas no decorrer da semana.
Uns as citaram para desfilar mágoas, outros para definir caráteres.
Por isso fiquei a pensar sobre o assunto.
A lealdade é um sentimento raro, indisponível para uma grande parcela da população.
Muita gente sabe que ela existe, mas não consegue aplica-la na prática.
É que a lealdade só é possível aos que não têm medo de ser verdadeiros.
Os amigos da fama e do poder, por exemplo, só sabem ser leais ao amigo da hora, da moda,
Quando este amigo, alvo da lealdade desmedida dos que a oferecem de forma tão ruidosa, deixa a ribalta e volta aos bastidores, descobre que aquelas demonstrações de amor e solidariedade eram tão vazias quão vazias são as noites de silêncio.
Ai vê que a lealdade oferecida, na verdade não era lealdade. Era deslealdade misturada a interesse escuso.
E constata, mais ainda, que o numeroso exército de leais não passava de um minúsculo pelotão.
Um pelotão que, apesar de pequeno, está disposto a enfrentar qualquer batalha, sem medo do resultado.
Por que estou falando isso?
Ora, porque deu vontade.
E quem achar ruim, bote a carapuça.
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