– Vou lhe contar uma coisa, mas não diga que fui eu o informante -, sopra a fonte fidedigna cheia de novidade e repleta de covardia.
Já embarquei muitas vezes nessa canoa furada e no final ganhei um processo e a fonte fidedigna ficou no bem bom, sem nada a acrescentar.
Decidi não dar mais cabimento a essas figuras ilustres que adoram um fuxico, desde que dito por outro.
Tomei a decisão depois de ficar sabendo que uma delas me passava as fofocas e , paralelamente, ganhava do fofocado como assessor de imprensa.
Figura deplorável, capaz de trair a confiança de quem lhe paga e abusar da confiança de quem lhe escuta.
Não sei quem é pior, o dedurado ou o dedo-duro.
Pensando bem, dou um no outro e não quero torna.
Portanto, caros e diletos fornecedores de boatos, esqueçam meu endereço.
Vão procurar outros pastos.
Garanto que outros ouvidos, do mesmo naipe das suas línguas, estarão dispostos a escutá-los, se não para divulgar seus boatos, mas com certeza para usá-los na chantagem que fatalmente virá.
Sem Comentários