O amor é lindro

A última foda

12 de novembro de 2020

Rivanoe fazia questão de ser chamado de “O Garanhão do Bar da Lama”. Gabola, usava um rosário com os nomes das mulheres que, segundo ele, levara para a cama durante sua vida aventureira.

Naquele dia ele juntou uma turma no bairro do Geisel, em João Pessoa, e começou a beber no dito bar, onde já se encontrava Doutor Mané Pinto arregalando os olhos a cada lapada de cana.

Daqui a pouco chegou a galega, amante de Rivanoe, e duas outras moças – uma morena e uma branquela tipo vela de sete dias.

Do Bar da Lama, por volta da meia-noite, rumaram para as bandas do Conde, onde beberam até amanhecer o dia em uma barraca de praia.

Sentado em um banco de madeira, Rivanoe tentou transar com a galega, mas só se ouvia uma voz fina dizendo “escapuliu”.

Dias depois, Rivanoe caiu da bicicleta e o quidon entrou pelo osso do mucumbu, penetrando no traseiro e atingindo a espinha.

Ficou dormente da cintura pra baixo e nunca mais conseguiu reverter a situação com a galega.

Foi a última foda.

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