Por: Aldo Ribeiro – economista e progressista
Há pouco mais de um mês, tentei traçar aqui um paralelo entre o pleito eleitoral do estado da Bahia com a Paraíba, visto que até aquele momento pesquisas eleitorais na PB ser uma espécie de artigo de luxo.
No texto, atentei para o fato do candidato petista ao governo do estado baiano, quando ligado ao ex-presidente Lula, subir exponencialmente até atingir um empate técnico com o candidato ACM Neto.
A pesquisa Real Big Data divulgada esta semana foi devastadora para as pretensões do atual governador João Azevedo. Ao passo que, o grande beneficiado foi o Senador Veneziano Vital do Rego, e corrobora com o paralelo traçado.
Enquanto João despencou pra menos de 30% das intenções de voto, Veneziano já aparece tecnicamente empatado com o candidato do PL e com Pedro Cunha Lima. Mas o grande lance da pesquisa, é quando o nome de Veneziano é ligado ao ex-presidente Lula. O mesmo fenômeno verificado na Bahia ocorre na Paraíba. Veneziano sobre para o 1º lugar nas pesquisas.
Percebam, obviamente que pesquisas são um retrato do momento, como dizem por aí, entretanto, reforço, essa eleição será verticalizada. A polarização e o momento histórico por qual atravessa o país pavimenta esse cenário.
E por eliminação, podemos afirmar que Pedro é o mais prejudicado nesse cenário. Resta o candidato do mentiroso, que mente igual ao seu presidente, vide o “fantástico” PIB da Paraíba.
Ocorre que o desgaste do governo federal salta os olhos. O discurso golpista, o empobrecimento da população, os diários devaneios do governo federal e a gratidão do povo mais humilde ao ex-presidente Lula, sinaliza um 2º turno entre Vené e João Azevedo.
E aí vem a tormenta perfeita pra Veneziano: a verve política e o apoio de Lula/Ricardo Coutinho, contra o provável isolamento (já em curso) e a inoperância administrativa de João Azevedo.
Obviamente que são conjecturas, e o mundo é orgânico. Mas a preço de hoje, as chances de um 2º turno entre Veneziano e João Azevedo são grandes. E o mesmo fenômeno se aplica a corrida pelo senado, que falaremos numa próxima oportunidade.
“Foi o fim de uma viagem, e o guia estava errado.”
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