Se havia a possibilidade de voltar a ser o evangélico que já fui um dia, essa possibilidade deixou de existir a partir da decisão dos pastores capitaneados pelo meu conterrâneo Estevam Fernandes, de apoiar o capitão Jair Bolsonaro à Presidência da República.
Em entrevista a um portal de João Pessoa, o pastor Estevam fala que ele e outros cem reuniram-se em Brasília para escolher um candidato entre Marina, Alckmin e Bolsonaro.
Já aí começou o preconceito. Por que somente entre os três, quando existem Ciro Gomes, Hadad e outros, inclusive um cabo/deputado, evangélico fervoroso?
Saiu da cartola o senhor Bolsonaro, o pai do preconceito, o defensor da tortura, o discípulo de Ustra, aquele que, ao ser questionado sobre como receberia um neto filho do seu filho com uma negra, respondeu que seu filho foi bem criado e jamais cometeria uma aberração dessas.
Portanto, meu amigo reverendo Souza, fica arquivado o meu retorno aos braços de Jesus Cristo através da igreja evangélica. Vou ficar na minha, espiando de longe e sem me meter no meio de um povo que se acha refinado demais para dar cabimento a quem aceita como irmão o gay, a lésbica, o trans, o negro, o índio, o pobre e tudo o que representa minoria nesse país de tantos pastores elitistas e preconceituosos.
Prefiro ficar com o Jesus que perdoava a prostituta e dava ao ladrão arrependido o direito de pleitear o reino dos céus.
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