Acontece nesta quinta-feira, 07, às 17 horas no Museu de Arte Popular da Paraíba, o ‘Museu dos Três Pandeiros’, em Campina Grande, o lançamento do primeiro livro de poesias do poeta Félix Araújo Filho, intitulado “No Cais em que Espero”.
Com capa de Leonardo Guedes, projeto gráfico de Luis Carlos Kehrle e ilustrações de Sheila Farias, o livro, publicado pela editora paraibana Arribaçã, contém oito capítulos com poemas no estilo haicai.
O gênero nasceu no Japão e possui características próprias e deve ser metrificado, sintético, breve, simples, espontâneo, além de refletir um fragmento da realidade.
De acordo com o escritor Thélio Queiroz Farias, presidente da Academia de Letras de Campina Grande (ALCG) e autor do prefácio do livro, Félix Araújo Filho estreia na poesia por meio do haicai, considerada a expressão mais difícil da arte do poema.
“O meu prefácio intitulei “Crônicas de um Poeta Anunciado” fazendo um paralelo ao famoso livro de Gabriel Garcia Marques. Poeta anunciado pelo DNA, por ser filho do grande poeta Félix Araújo, (poeta de Tamar, da Fraternidade) e pelo talento de Félix (Filho), pela facilidade com que ele fala e escreve. Este é o tipo de poesia mais difícil. O haicai é metrificado e exige dizer muito em pouco. Falar abundantemente em quase nada. É um livro de alta qualidade e que honra o nome de Félix Filho e de Félix Araújo, como também a tradição poética de Campina Grande”, disse Thélio.
O autor externou sua felicidade em realizar sua primeira publicação e disse que esta reúne haicais de outros livros inéditos. Ele comentou, ainda, que o livro traz trechos e nuances de críticas sociais.
“Este não é o primeiro livro. É a primeira publicação. Guardei para esta fase da minha vida um encontro com escritos, próximos e distantes, no tempo. “No Cais em Que Espero” reúne haicais de outros livros inéditos. O oitavo e último capítulo, intitulado “O grande abutre”, divergindo dos anteriores, desvela um viés de crítica à sociedade. No entanto, o conjunto textual sustenta a linha tradicional do haicai em essência lírica e estrutura rítmica”, destacou Félix.
Sobre o Autor
Félix Araújo Filho é político, engenheiro, advogado criminalista, orador, poeta, intelectual, conferencista, professor de Direito Penal, com especialização em Direito Penal e Política Criminal pela Universidade de Granada, na Espanha.
Foi prefeito de Campina Grande, vereador da cidade por duas legislaturas, tendo sido presidente da Câmara por duas vezes. De sua atuação na advocacia, tem se notabilizado sua oratória, a capacidade de convencimento e as relevantes defesas realizadas no Tribunal do Júri.
Entre sua produção literária, destacam-se: Entre Lugares e Poentes; Nave Noturna; Poemas improváveis; Estações do Instante (Hai Kai)
Félix é filho do poeta Félix de Souza Araújo (1922 – 1953), orador, conferencista, escritor, crítico literário, político, vereador de Campina Grande, patrono da Câmara Municipal e da Cadeira número 13 da Academia de Letras de Campina Grande (ALCG).
Na última semana, Félix Araújo Filho candidatou-se a esta Cadeira, declarada vaga após a morte do escritor e economista Juarez Farias. O ato de inscrição foi realizado perante o presidente da ALCG, Thélio Farias. As eleições serão marcadas em breve.
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