Aeroclube de João Pessoa tem fauna e flora e eu nem sabia

Morei durante 28 anos no derredor do Aeroclube de João Pessoa, frequentei o 14 BIS, bar que funcionava nas suas dependências, por vezes caminhei pela sua pista, enfim, fiz-me íntimo do local.

E, podem acreditar, nesses 28 anos de vizinhança, de tertúlias no 14 Bis e de intermináveis caminhadas, nunca vi um animal vagando pelos seus pastos, um preá por esmola encontrei por lá, se muito vi alguns sapos cururus durante as invernadas à cata de mosquitos ou alguma coruja desgarrada atrás das tanajuras pós trovoadas.

Flora? Bem, se carrapicho, melão de São Caetano e capim for flora, o Aeroclube pode ser considerado uma selva amazônica ou muito mais.

Por isso fiquei decepcionado ao me ver ignorante, sem visão e com o olho fraco diante da ação de uma ong chamada Instituto Protecionista SOS Animais e Plantas, que conseguiu na justiça a proeza de parar as obras do Parque da Cidade, em execução pela Prefeitura, alegando que por lá se verificaram episódios de “incêndio e extração ilegal de madeira”.

Bem que Doutor Rodrigo, meu oftalmologista, disse que meus óculos estão vencidos, precisando de troca. Com os meus velhos “picinês” nunca vi um pau mais grosso do que um talo de capim ou um tronco de urtiga por aquelas bandas.

Certamente estou precisando de novos aparelhos visuais. E vou atrás de um daqueles dados ao meu amigo Chiquim de Orlando , que depois de botar o dito cujo nos olhos saiu a se amostrar pelas ruas de Cruz das Armas e, ao chegar na portaria do mercado mandou a mulher abrir um coco para ele beber a água e a mulher, desobedecendo, informou ao preclaro filho de Seu Orlando que ela era vendedora de limão.