1BERTO DE ALMEIDA
1 – num sabe aquela vontade da gota serena de atirar o mundo no vaso sanitário e puxa a descarga? Pois é. Isso me dá todas às vezes que o Bozo vai falar ou vejo esse prefeito recém-eleito, por falta de opção, desfilando garbosamente pelaí como se fosse o sujeito mais correto do mundo. Verdade. Dá um nojo que vocês não imaginam. O mais pior, como diria o falso matuto Luiz Vieira, é aquele assessor que entende mais de carne de charque e merenda escolar que de comunicação, posando de sujeito mais direito ainda. Se dá nojo? E botem nojo nisso.
Pingando na horta: Amanhecer bem-humorado me faz um bem danado. É assim como tomar café com tapioca em feira livre numa manhã de domingo.
B – vibrei com o discurso da enfermeira na primeira metida da agulha na bunda lisa do Corona. Também me emocionei com o índio primeiro a ser furado, dançando com sua maraca e cocar para a chuva não cair no molhado. Foi bonito de chorar. Era um índio meio sem ritmo, notei. Mas sabendo que foi o primeiro no universo da nossa pequena grande tribo a ser furado, só me restou, mesmo não sendo índio, entrar na dança também. Repito: foi bonito de chorar. Se eu chorei? Snif, snif, snif… Deixa a lágrima enxugar que eu respondo.
Pingando na Horta: Depois dessa eleição, se eu tivesse dinheiro para investir não pensaria duas vezes: abriria uma fábrica de tornozoleiras, e ficaria rico em poucos meses.
E – muito triste a constatação de que tem gente furando a fila para ser furada antes de mim e vocês que não são furões. A esculhambação iria acontecer. Sabia. Sacanas. Há muito está provado, como Charles de Gaulle nunca diria (“Le Brésil n’est pas un pays serieux”), mas sim o Carlos Alves de Souza Filho, embaixador do Brasil na França, que “o Brasil não é um país sério”. Mas não é mesmo. Pois, se assim ele fosse, os sacanas que estão furando essa fila com aquela velha e abominável autoridade do “você sabe quem sou eu? ” receberiam uma furada bem lá dentro de suas bundas sujas. Mas estejam certo de que, enquanto eles furam a fila aqui fora, suas respectivas estão sendo furadas lá dentro. Tô puto e com medo do Corona.
Pingando na horta: Samuka Duarte trocando a TV Correio pela Arapuan, quem saiu ganhando com a troca foi o povo. Simples: a audiência da Arapuan é infinitamente menor que a da Correio da Paraíba.
R – entra prefeito e sai prefeito, governador entra e sai e os responsáveis pela transformação do Pavilhão do Chá em algo útil parecem que tomaram chá de sumiço. Este MB está cansado de dizer que aquele histórico monumento (sic) bem que poderia ser aproveitado para alguma coisa que valha (epa!) a sua existência. Um ponto de apoio turístico, apresentações de espetáculos paraibanos, esses da viola ao concerto para uma só voz (viva Saint-Preux), ou para as muitas vozes dos nossos; exposições e artes outras. Mas o Pavilhão, infelizmente, continua não servindo nem para um chá de beber. Pausa. Bebê é outra coisa. Eu disse “beber”. Ah, por que não uma bandinha, final de tarde, naquele coreto que também não está servindo para nada, “tocando coisas de amor”?
Pingando na horta: vem da Rússia a informação de que os vacinados devem evitar locais públicos e reduzir a ingestão de drogas e álcool, que podem suprimir o sistema imunológico, nos primeiros 42 dias após a aplicação da primeira das duas doses. Meu Deus! Mas taí outro benefício da Sputnik V: 42 e dois dias sem cachaça! Agora lembrando por tabela o Vladimir Maiakovski, o jeito é embriagar-se de tédio, para não morrer de vodca.
T – não sei ainda como terminou a chamada “Cala a boca, macaco! ” do índio branco Ramirez, para o negro e craque flamenguista Gerson. Mas considerando que por aqui a pizza continua sendo o prato do dia, acredito que no final o índio, assim como todos sabem, por ser inimputável continuará mandando outros negros “Calar (em) a boca”. A propósito, viram o troglodita do ex-excelente intérprete (insiste, mas hoje é uma bosta) Agnaldo Timóteo dizendo que não achou nada demais a expressão “Cala a boca, negro! ” do índio? Meu Deus! Sacana! Envergonhou a minha cor. Nenhuma dúvida: O Pelé e ele, dois negros obedientes e calados, merecem o Troféu Ovelha.
Pingando na horta: “ Se o macaco para ser gente, como dizem por aí, só falta mesmo falar, se eu fosse macaco não falaria nunca”.
T – Eu gosto de lembranças. Essa memória é o que me mata, dizia o bom de memória Luiz Otávio. Aqui comigo é mais ou menos isso. Não posso esquecer o ex-vereador acusado de desviar a Merenda Escolar de pobres menores e abandonados. Também não posso esquecer do “registro em cartório” de um ex-assessor que recebia x, devolvia y para ele e ficava com Ó… Um tanto assim! Tudo passou, claro, mas o seu passado continha lhe condenando.
Pingando na Horta: “vocês podem até não acreditar que nas coisas que este MB escreve. Mas de uma coisa podem ter certeza: também não acredito em vocês. Resultado: tamos empatados.
O – 1berto, estamos convidando você para ser editor do Segundo Caderno do nosso – assim mesmo, “nosso” – jornal. Eu editor? Tão brincando! Acham que vou trocar a segurança do meu emprego conquistado com muita luta, para me aventurar a editar o vazio em que se encontra esse jornal? Ele, aquele que convidou, fechou a cara, e ainda tentou me convencer: “Mas o nosso –de novo! – jornal é o mais lido daqui, e aquele que paga melhor? Sorri. Perguntou o porquê, e respondi que entre os leitores do jornal dele não estava este MB nesse entre. Não lia o jornal “dele”, assim como ele pensava. Não insistiu. E assim esse sujeito que segundo dizem por aí tem a cara de Segundo Caderno (só rindo e muito), deixou de andar por aí como um Bozó tupiniquim,aquele da Globo, dizendo para todo mundo “sou um editor”. Fim de papo.
Pingando na horta: O cara que escreve sem humor é um sujeito sem graça. E se humor ele não tem, mesmo tentando, tá perdendo o seu tempo., sai tudo de graça. Ah, não sou 1morista. Sou apenas 1berto e de Almeida.
2 Comentários
O comentário do Sr. Sérgio Camargo,
da Fundação Palmares, sobre a escolha
de uma enfémeira negra para ser a
primeira vacinada em SP superou
aquele feito pelo Timóteo.
Gostei demais.
1) Calma que o teu Prefeito acabou de se instalar.
2) O índio que dançou com a sua maraca eu não ví, e devia ter visto, eis que sou parte integrante, embora distante, (minha bisavó) me deixou esse legado.
3) O pavilhão do chá? Muito bem dito. Toda sua sugestão, se aproveitada, seria o melhor pra esse pobre e triste pavilhão.
….
Enfim. Disseste bem, e bem crítico com esse povo deste jornal. Segundo caderno? Faz bem, ficar na tua. Digo, no tem emprego. Kkkkk