Tirante as filas preferenciais que nos colocam à frente dos outros mortais comuns, esse negócio de ser velho não é bom.
Começa pela perda do entusiasmo.
A animação já não é a mesma e quando vemos uma reboculosa oferta à nossa frente, de logo pensamos na ferramenta defeituosa que não dará conta do recado.
Além das coisas que, de tão repetidas, se tornam comuns: as dores nas juntas, as tonturas, os esquecimentos e, o pior de todas, o modo respeitoso com que as mocinhas prendadas nos cumprimentam.
Antigamente éramos um tesão. Hoje somos um ermitão. Antes elas se arrepiavam ao mínimo contato com nossos poros, hoje recomendam um sabonete mais ativo para tirar a inhaca de velho.
E os ovos!
Eles crescem à medida em que a rôla encolhe.
É uma coisa absurda.
Não conto as vezes em que fui obrigado a enfiar a mão em espaços proibidos para trazer de volta ao lugar de origem os couros imprestáveis de órgãos que um dia foram objetos de desejo.
Sem contar as chacotas dos amigos.
Hoje mesmo, um dos mais diletos mandou um vídeo de reluzente morena exibindo seus dotes aos olhos da plateia, mas de logo avisando: “Se eu pudesse lhe ofertava essa prenda, mas não quero que você morra”.
Aí dento!
4 Comentários
É verdade, Tião Lucena. Depois que passamos dos setenta anos de idade, a rôla vai diminuindo de tamanho. Eu estou com 72 anos e minha rôla além de perder de tamanho, só vive olhando para o chão.
Nunca ri tanto em minha vida. A mulher as vezes me diz que tô ficando doido. Na verdade o que elas gostam mesmo é do caivão do véi, isso quando tem.
Kkkkkkkkkkkkk!
Eu nem me lembrava mais disso!