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Ainda a propósito de Diego Lima

26 de julho de 2024

Hão de dizer que não tenho nada a ver com a história, mas tenho porque vivi o mesmo drama, estou revendo o que vivi e isso machuca, revolta. Quem for ler minhas memórias vai encontrar um capítulo que narra as perseguições que sofri sem ter culpa, apenas por ser dono da minha opinião. E agora vejo isso acontecer com esse menino gente fina chamado Diego Lima, o filho de Chico Buchudo que venceu as intempéries, se tornou jornalista e se formou advogado.

Ele é bom, é competente, tem talento, mas isso não basta aos seus patrões. Ele teria que ser diferente, ser, por exemplo, ingrato, não valorizar amizades e cuspir no prato que o alimentou.

Por não saber fazer isso foi afastado da rádio onde militava e, dizem, quem o afastou privou da sua convivência e deu seu aprovo ao seu talento num tempo em que era conveniente manter Diego como amigo, por Diego ser amigo de quem podia dar sombra e água fresca aos espertos demais.

Igual a Diego, vivi isso. Fui afastado de um programa de rádio, tive minha coluna retirada do ar e no lugar dela colocada a humilhante propaganda de uma empresa de ônibus, achando pouco, me demitiram por telefone e, pior, através de recado dado pelo ventríloquo da hora.

Diego tem talento e vai sobreviver como eu sobrevivi. E poderá, num futuro não muito distante, facilitar o epaço aos que hoje o perseguem. Convém lembrar que a roda gira, o mundo é um catavento e o que hoje está na crista da onda amanhã estará servindo de rabichola para o Jegue de Creó.

E eu vou querer assistir.

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