Criou-se o hábito de, no mês de junho, oferecer como mimo ao funcionário público do Estado da Paraíba a metade do seu décimo terceiro salário.
E o hábito foi incorporado aos gastos dos chamados barnabés.
Tanto foi que, quando o São João chegava, cada funcionário deixava para comprar o milho da fogueira com o dinheiro do décimo.
Um hábito que substituiu o desespero que durante anos atormentou os mesmos funcionários diante das incertezas patrocinadas por governadores que, além de não pagarem em dia, obrigavam o sofredor a ir ao banco tomar emprestado o seu próprio salário.
Junho chegou. Um junho de pandemia, mas junho do mesmo jeito. O junho da folga nos aperreios mensais, o junho da metade do décimo terceiro.
O prefeito da Capital já anunciou que paga a sua metade na próxima sexta-feira.
Dias atrás alguém falou que o décimo, ou melhor dizendo, o meio décimo dos servidores do Estado seria pago no dia 18, ou seja, daqui a dois dias.
Mas hoje eu leio no Clickpb que pode haver esse pagamento e pode não haver.
Está lá na manchete de Clilson Júnior: “Governo não descarta antecipar o décimo”.
E eu digo oxente!
Uma coisa que era certa virou uma hipótese.
E quem comprou fiado confiando no meio décimo, como é que fica?
Antigamente o secretário de Finanças juntava todo mês uma laminha para garantir o décimo dos servidores.
Amanda Rodrigues fazia isso. E quando deixou o Governo, avisou que ficara no cofre da Secretaria o décimo de todo mundo.
Agora chega essa manchete desgraçada do Clickpb.
Será que o não descarta do Governo é uma noticia agradativa ou atacativa, como chegou a perguntar certa vez famoso vereador de Bayeux?
Tomara que seja só suspense.
O barnabé não merece perder o São João e ainda por cima ficar sem o dinheiro da canjica.
2 Comentários
Enquanto isso os trabalhadores privados estão sendo demitidos ou terão seus salários cortados pela metade. A medida era pra ser para todos.
Tempos estranhos estamos a viver na Parahyba nobre e douto amigo Sebastião Lucena