Leitores procuram explicações para o fenômeno Ricardo Coutinho. Escrevem e perguntam. Querem saber por que uma pessoa tão machucada, tão traída, tão apunhalada, quase solitária, contando apenas com o apoio de Amanda, das irmãs, de alguns abnegados amigos e de um único veículo de comunicação ao seu lado, desponta na preferência do eleitorado na corrida para o Senado Federal.
E eu lá sei, caro leitor! Só posso dizer que isso acontece porque o eleitor é inteligente e sabe que Ricardo Coutinho, se tivesse roubado, como dizem, teria deixado o Estado falido. Em vez disso deixou o Estado repleto de obras e com um saldo bancário na conta de quase 400 milhões.
Como uma pessoa pode roubar e fazer tanto e ainda deixar dinheiro para o sucessor?
Que mágica é essa?
E se roubou, onde escondeu o dinheiro?
Não me digam que não foi por falta de buscas, porque não foi. Buscaram até dizer basta.Vasculharam tudo. Até botija cogitaram arrancar. E nada.
Enquanto isso, Ricardo é visto em plena quinta-feira numa agência bancária tentando liberar o FTGS para pagar aos seus advogados.
É isso que o povo votante está vendo.
E se sentindo responsável pelo resgate de uma dívida.
Em 2018 Ricardo seria o senador da Paraíba. Deixou de sê-lo em nome de um projeto que estava dando certo.
Não deu certo, infelizmente.
Mas o eleitor se lembra.
Lembra da estrada asfaltada que chegou à sua cidade, da adutora que lhe mitigou a sede, do hospital que lhe salvou a vida, da escola modelo que acolheu seu filho, do abrigo para os velhinhos da Cidade Madura, em suma, lembra dos tempos bons que Ricardo proporcionou à Paraíba e que agora, por falta de continuidade, são falados como coisas do passado.
Está aí parte da explicação para o fenômeno Ricardo Coutinho. Um fenômeno que vai sobreviver às intempéries, às injustiças, aos achincalhes, aos dizeres e desdizeres, às tramas urdidas nos cubículos dos sacanas e às ingratidões dos que comeram, beberam e depois, abarrotados de refluxos, cuspiram no prato que os alimentou.
Ricardo vai voltar.
Porque quem quer é o povo.
7 Comentários
Verdade, verdadeira meu caro Tião! Para quem faz toma lá dá cá isso é impossível, para quem trabalha, isso é a realidade!
Nobre e ilustre amigo Sebastião Lucena. Vi o Ricardo Coutinho ainda jovem, no SINDSAUDE e depois em cima de uma Mobilete a fazer campanha para vereador em João Pessoa.
Depois deputado, depois prefeito, depois governador. Sempre arrodeado de chirimbabas que lhe tiraram o que podiam para depois apunhalar pelas costas. Enquanto no poder e com poder, era o “Mago”, o amigo Ricardo. Na aflição bem dissestes, só a esposa Amanda e alguns poucos. Entre eles, tu. O jornalista, advogado, procurador, escritor e bom amigo, Tião Lucena.
Espero que ele se eleja senador, porque Ricardo, bem lembra o Rei Ricardo. E Ricardo tem o coração de Leão. Grande abraço meu bom amigo.
Estou com Ricardo, terá meu voto.
É uma dívida que temos com Ricardo, elegê-lo senador, seria o pagamento mínimo, pelo trabalho realizado em João Pessoa e na Paraíba boa de meu Deus, e é o sertanejo, não só eles, mas principalmente eles, que lhe vão atribuir os votos necessários para a sua eleição, pq eles são os mais fieis dos eleitores e não esquecem do trabalho e do projeto deixado pelo nosso “Mago” de outrora.
Ele chegando aqui no brejo eu levanto a bandeira da ladeira do Moura até Solanea.
Vamos com Ricardo é o unico meio que temos pra reparar todo mau que lhe fizeram.
Sábias palavras, seu Tião Lucena.
De fato, Ricardo Coutinho foi injustamente traído e apunhalado por pessoas que ele tanto ajudou e que professavam ser seus amigos.
Quem não lembra, p. ex., da ajuda e apoio que RC concedeu a João Azevêdo na eleição de 2018?
Durante a campanha eleitoral de 2018, todos sabem o quanto o então candidato Azevêdo, até então um mero desconhecido do eleitorado, dependeu do apoio e influência política do ex-governador Ricardo Coutinho e seu grupo político para chegar ao Palácio da Redenção. Sem esse apoio, João Azevêdo dificilmente chegaria lá.
Naquele pleito, Azevêdo – ainda político inexpressivo e sem voto -, usufruiu o quando pôde do apoio e influência de Ricardo Coutinho, contabilizando com isso expressivo “capital eleitoral” que o levou à vitória nas urnas.
Mas uma vez eleito, João Azevêdo não demorou muito para trair Coutinho posicionando-se contra a posse de Coutinho em 2019 no comando da Comissão Provisória do PSB estadual, revelando assim total falta de reconhecimento e gratidão por quem sempre lhe apoiou e lhe estendeu a mão.
Dali em diante, João Azevêdo passou a desprezar aquele que emprestou seu nome para ele fosse eleito governador, Ricardo Coutinho.
Mas na vida, sobretudo em política, não se deve pagar o bem com o mal, pois “política é como nuvem, você olha e ela está de um jeito, olha de novo e ela já mudou”.
Nessa perspectiva, nada como um dia após outro !!