Como sabem os que me conhecem na intimidade, já vivi 72 anos e em dezembro chego aos 73, isso se não morrer até lá.
E o condicionante é válido.
Amigos mais novos se foram, outros da minha idade também, a vida é um amontoado de surpresas e idiota é aquele que pensa na eternidade aqui na terra.
Como já vivi muito, muita gente conheci.
Conheci gente boa e gente ruim.
Mas a pior espécie de gente que conheci foi a gente dissimulada, aquela gente que finge ser uma coisa e é outra, que dá o bote e esconde a unha.
Essa gente é a mais perigosa, mais falsa do que uma nota de 3 reais, pior do que a picada da cobra de cipó que mata a vítima chupando tudo, deixando só o osso.
Mas conheci gente boa, gente amiga, gente do peito, gente que a gente guarda no coração como tesouro a ser preservado.
Os amigos que fiz e que preservo são a fonte que me alimenta, a força que alivia possíveis dores.
Estou terminando um livro de memórias.
Nele narro acontecidos da minha vida, desde a infância.
Estou vivendo tudo de novo.
E gostando.
Embora seja obrigado a alinhavar, também, os momentos ruins.
E no livro vai caber, infelizmente, o time dos dissimulados.
Mas de logo adianto: Não vou citar seus nomes. Ficarei apenas nos seus atos.
E ao leitor caberá a árdua tarefa de identificá-los.
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“NÃO SABEMOS O QUE FAZER COM ESSA CURTA VIDA E DESEJAMOS OUTRA QUE SEJA ETERNA” – Anatole France.