Como vocês sabem, fui secretário de Ricardo Coutinho e, por força do cargo que ocupava e da amizade que com ele mantenho até hoje, participava até certo ponto do seu convívio oficial e pessoal.
E testemunhei um fato interessante.
Houve a eleição para escolha da lista tríplice, da qual sairia o Procurador Geral de Justiça.
No meio dos três havia um promotor amigo do governador.
Mas ele não tinha sido o mais votado.
E por isso Ricardo o procurou para dizer que, embora os dois fossem amigos, o governador teria que nomear o primeiro colocado da lista.
O promotor compreendeu e Ricardo fez a nomeação.
Hoje o presidente Jair Bolsonaro nomeia reitor o menos votado da lista tríplice.
Sem dar a menor satisfação aos eleitores que haviam escolhido uma outra pessoa.
Vejam a distância que separa um estadista de um ditador.
Ricardo respeitou as regras do jogo, mesmo correndo o risco de botar no comando do Ministério Público, o que não foi o caso da Paraíba, um chefe que não gostava dele.
Quanto a Bolsonaro, bem, qualifica-lo aqui seria chover no molhado.
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