História cabeluda envolvendo gente com raízes na Paraíba está sendo denunciada pelo por Metropoles.com, de Brasília. Conta o portal que o interventor de um Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal está defendendo a transferência do dito Instituto para um órgão pertencente ao sócio dele em um empreendimento em João Pessoa. Confira abaixo:
Chefe do Instituto de Cardiologia que defende gestão pelo Iges é sócio do presidente
O interventor no ICTDF, Rodrigo Conti, abriu empresa com o presidente do Iges-DF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior, há 7 meses, na Paraíba
O interventor no Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF), que defende a transferência da administração do hospital para o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), Rodrigo Conti, é sócio do presidente do Iges-DF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior, em uma empresa na Paraíba.
Juracy foi aprovado como presidente do Iges-DF em abril de 2023, mesmo mês em que Rodrigo Conti foi nomeado diretor de Atenção à Saúde do Iges-DF. Cinco meses depois, os dois abriram a empresa na Paraíba.
Em março de 2024, a Secretaria de Saúde do DF criou um grupo de trabalho com o objetivo de elaborar estudo técnico preliminar para viabilizar chamamento público para contratação de uma instituição gestora do ICTDF. Rodrigo Conti era um dos integrantes do colegiado.
Em 16 de abril, o Governo do DF enviou à CLDF um projeto de lei que autoria ao Iges-DF a gestão e manutenção do ICTDF. Durante reunião na CLDF, nessa segunda-feira (22/4), Rodrigo Conti defendeu que o Iges-DF assuma o hospital de transplantes.
“A intervenção é um modelo de gestão excepcional e que deve findar. Particularmente, acredito que o Iges-DF tem plena competência para continuar a gestão. O modelo de gestão e de funcionamento do atual corpo clínico deve continuar. O que eu vejo é a necessidade de uma nova gestão séria e transparente para que o ITCDF possa trazer mais benefício para essa população específica”, disse o médico.
O GDF decretou a intervenção no ICTDF após a Fundação Universitária de Cardiologia (FUC), que administrava o hospital desde 2019, comunicar a suspensão imediata de todos os procedimentos eletivos que demandam insumos, dos transplantes de medula óssea e a recusa de recebimento de órgão para transplantes. A FUC alegou que foi o próprio governo que causou a crise porque atrasou os repasses financeiros à instituição.
O hospital é responsável por 85% dos serviços de cardiologia e transplantes da capital federal. A unidade de saúde cuida de 100% dos atendimentos de pacientes cardiopatas pediátricos de alta complexidade. Em 2023, o ICTDF teve receita bruta de R$ 169,4 milhões.
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