Pronto, agora o Governo acusa infiltração de gente estranha na greve dos caminhoneiros. E diz que está se fazendo uso político do movimento.
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Infiltrações quem faz é o velho com o joelho podre. Infiltra remédio pra deixar de doer.
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Sítio São João, de vereador ligado ao prefeito de Campina, construído em terreno público?
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Público e notório.
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É uma arrumação só.
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E aquele senador, agora falando mal do amigo Temer?
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Ele é como o brilho da lua, que a todos encanta e não é de ninguém.
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Até tu,Lira! Pois é, Raimundo Lira tomou o partido dos caminhoneiros.
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O que uma eleição não faz!
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O Trovador também. Viu que do mar onde estava não saía peixe.
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Nem peixe,nem preá.
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O único lugar de onde sai peixe pra todo mundo é o bueiro do prefeito Luciano Cartaxo.
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Por falar em preá, a que horas o preá caminha?
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Caminhoneiros com uma musa.
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E que musa!
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Vai terminar fazendo novela na Globo.
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Atenção, motoristas, tem uma prefeitura aí por perto com combustível de graça pra vocês.
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O TJ foi intimado a escolher o novo desembargador no prazo de 40 dias.
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A intimação é do CNJ.
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Briga de peixes grandes.
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E eu vou ali.
4 Comentários
Tião, um terreno era pra construir uma vila olímpica, onde jovens praticariam modalidades esportivas, pasmem os senhores moradores da província dos Cunha Lima, foi erguido a Vila São João, ministério público, se é que existe na província vamos acordar…
Tião, o preá caminha,depois do fura cuteu!
1. Do jornalista Eduardo Guimarães: Caminhoneiros mutilaram o neoliberalismo tupiniquim(
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A política de reajustes de preços da Petrobrás é uma determinação do mercado aos despachantes que o golpe colocou no poder, tais como Michel Temer e Parente.
Os reajustes diários nos preços engordam os bolsos dos acionistas e estimulam a importação. É uma política neoliberal e encetada em detrimento do interesse nacional.
A greve dos caminhoneiros teve o condão de mostrar que o Brasil real não aceita medidas ultraliberais e que qualquer tentativa de adotá-las acabará chutando os seus autores para fora do poder.
Os trabalhadores, atingidos na carne pela reforma trabalhista, não têm força para promover uma greve que pare o país como os caminhoneiros, mas têm título de eleitor e é com ele que, em outubro e novembro, mostrarão que o Brasil ao qual Lula deu dignidade e esperança durante oito anos, não aceitará menos.
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2. Do blog do jornalista Altamiro Borges: As lições da “greve dos caminhoneiros”
Por Haroldo Lima, no site Vermelho
As cinco medidas anunciadas ontem pelo governo ilegítimo de Michel Temer, em resposta às reivindicações da greve, podem levar à sua suspensão, mas não resolvem o problema existente, protelam-no.
A desastrada política de preços atuais de combustíveis da Petrobras não foi revogada, será mitigada. A Petrobras continuará sendo vista como uma empresa que tem compromissos impreteríveis com seus acionistas privados, estrangeiros em sua maioria, a quem tem de pagar dividendos, não com o Brasil, a quem teria que garantir abastecimento. Os preços dos combustíveis, que estavam sendo reajustados diariamente, passarão a sê-los a cada 30 dias, depois do congelamento inicial de 60 dias. Ademais, Pedro Parente, cuja política de preços que impôs à Petrobras provocou um caos no país e fez a estatal perder R$74,3 bilhões de valor de mercado, não foi afastado, como seria natural, mas continua dirigindo a Petrobras segundo a sua concepção do que deve ser essa empresa. E é essa sua concepção, que não é só dele, e que predomina no momento, que está na raiz dos problemas aflorados. ……….
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Sobretudo depois do pré-sal, era evidente a necessidade de construção de novas refinarias e de ampliar o uso das atuais. Isto porque, do ponto de vista nacional, o óleo abundante que passamos a ter deveria ser refinado para abastecer o mercado brasileiro, o quarto do mundo, e para exportar, na medida das possibilidades.
Esse assunto começara a ser tratado na época do governo Lula, quando projetos de construção de refinarias passaram a ser examinados e capitais privados estavam sendo atraídos. Tudo isto tinha certa urgência, posto que, em escala mundial, a energia de origem fóssil não é hoje a mais incentivada, as que mais crescem são as outras.
Eis que o governo ilegítimo de Temer, com Pedro Parente na presidência da Petrobras, suspende tudo o que estava em curso ou se planejava, e o referido problema, assaz complexo, foi “resolvido” de forma simples, simplória. Pedro Parente anunciou, em julho de 2017, que a Petrobras resolvera adotar “nova política de preços”, repassando ao consumidor brasileiro todas as oscilações internacionais dos preços do petróleo e as variações do dólar. Esses repasses seriam feitos com rapidez, como de fato aconteceu, pois passaram a ser feitos “diariamente”.
A novidade foi anunciada como algo que traria benefício ao consumidor, pois seriam repassados aumentos mas também recuos e, quem sabe, os recuos poderiam ser maiores…Pedro Parente, depois de se reunir com Michel Temer, disse que a nova política “pode resultar na queda do preço do combustível no Brasil” (G1, 27/09/2016).
ssa “nova” política nada tem de nova, é aplicada em alguns países e é chamada de Paridade de Preços Internacionais, PPI. Contudo, os países que a adotam têm características distintas das brasileiras, tem estoques reguladores, como os Estados Unidos, moedas mais ou menos estáveis relativamente ao dólar, como os Estados Unidos, onde a moeda é o próprio dólar. Aqui, era de se prever que, coincidindo variações maiores do preço do petróleo com alterações substanciais do câmbio, o resultado elevaria desproporcionalmente os preços dos combustíveis. E não deu outra.
De 3 de julho de 2017 para cá, com reajustes diários em certos períodos, a Petrobras elevou o preço do óleo diesel em suas refinarias 121 vezes, totalizando uma alta de 56,5%. (JB 22/05/2018).
Ao lado do diesel, a gasolina e o gás também estouraram, sendo que, em 2017, o aumento do gás fez com que mais de 1,2 milhão de domicílios passassem a recorrer à lenha e ao carvão. (PNAD, abril de 2018).
Agora bem. Em 2016, Pedro Parente assumiu a presidência da Petrobras afirmando que “a política de preços passaria a ser guiada pelos interesses da empresa, sem influência do governo”. (G1 24/05/2018). Como o governo supostamente representa os interesses do Estado brasileiro, o anúncio do Parente significava que os interesses do Estado brasileiro não iriam influenciar na companhia, que levaria em conta os outros interesses, os dos acionistas privados. Uma rápida apreciação sobre a situação dos acionistas da Petrobras ilumina mais essa questão.
Em 2010, a participação estatal no capital social da empresa era de 39,8% (32,1% da União e 7,7% do BNDESPar). O restante 60,2% era de capital privado.
Desse capital privado, 38% estava em mãos estrangeiras (pessoas físicas, instituições financeiras e especuladores), dos quais 29,7% eram de propriedade americana (os dois tipos de ADR, American Depositary Receipts, negociados na Bolsa de Valores de Nova York, a partir do governo de FHC).
Resumindo, perto de 40% dos lucros das operações resultantes da produção do pré-sal e dos outros campos da Petrobras são remetidos ao exterior.
A União tem o controle acionário da companhia porque detém 55,6% das ações ordinárias, que tem direito a voto. Portanto, a União controla a empresa com uma folga de apenas 5,6% do total das ações ordinárias.
Em 2010 houve uma variação nessa situação: durante o governo Lula, na chamada “cessão onerosa”, a Petrobras “pagou” em ações, à União, os 5 bilhões de barris de petróleo a ela cedidos, localizados pela ANP no pré-sal, situados em Franco. Por isso a União passou a ter 42% no capital social da Petrobras (eram 32,1%). Somando com os 7,7% do BNDESPar, significa que no capital social da Petrobrás, hoje, 49,7% são de capital estatal.
Quando, no governo ilegítimo de Temer, a Petrobras, sob o comando de Pedro Parente, decide aplicar uma política de preços, “sem ingerência do Governo”, quer dizer que só levará em conta os interesses dos seus acionistas privados, em sua maioria americanos, pouco se importando com os interesses da Nação brasileira. A “nova política de preços” resulta dessa visão.
Haroldo Lima é engenheiro, ….ex diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gas Natural e Biocombustíveis.
Na hora que o sol quer sair.