Parece que a lua de mel do governador João Azevedo com a Assembléia terminou hoje. E terminou de forma litigiosa, com “elogios” pra lá e “elogios” para cá. Revoltado com a manifestação de deputados de oposição contra a reforma da previdência, o governador soltou o verbo, chamou os opositores de “meia dúzia de malandros” e citou diretamente o deputado Raniery Paulino como sendo um dos que na Paraíba defendem uma coisa e em Brasília defendem outra.
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Raniery respondeu no mesmo tom. Disse que o governador foi “desrespeitoso e grosseiro” . E a bancada de oposição soltou uma nota no final da tarde endossando as palavras de Paulino e dizendo mais:
“A bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) repudia as declarações feitas pelo governador João Azevedo (PSB), nesta sexta-feira (13), em Guarabira.
O gestor estadual chamou os parlamentares de “meia dúzia de malandros” que usam da “hipocrisia e demagogia” para obter vantagens para as eleições de 2020, pelo fato dos deputados defenderem e se posicionarem a favor do amplo e democrático debate em relação ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 12/2019, que dispõe sobre a reforma da previdência estadual.
A oposição reafirma o seu compromisso na defesa dos interesses da população paraibana e destaca que ataques grosseiros e desrespeitosos, de quem deveria assumir postura de estadista, não vão fazer com que recuem. Ressaltam que o governador precisa e deve respeitar a independência dos poderes.
Os parlamentares ainda destacam que possuem mandatos eletivos e carregam a responsabilidade de dar voz a todos os seguimentos. Por fim, lembram que a Assembleia é a Casa do Povo e não pode se furtar de defender os interesses dos paraibanos.”
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O governador precisa de um líder que dialogue com os deputados. O seu líder atual gasta o tempo e o verbo atacando Ricardo Coutinho e esquece de liderar as coisas do governo.
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Outro que pouco articula, pois só se preocupa com os ângulos das máquinas fotográficas durante as solenidades públicas é o secretário João Gonçalves, da Articulação Política.
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Sozinho, no mato sem cachorro, o governador termina fazendo o que fez hoje: peitar os deputados em pleno território dos Paulino, numa viagem que se prenuncia sem volta.
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Andam dizendo que a representação do Governo em Brasília funciona como se fosse uma extensão do gabinete do deputado Wilson Santiago. Mas deve ser maldade.
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Amigo meu está com matéria pronta narrando a pulada de cerca de importante figurão da política. Não soltou ainda porque eu ponderei, dizendo que tudo não passou de um momento de fraqueza.
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Aquele língua ferina que vive a chamar todo mundo de ladrão foi repreendido hoje nas redes sociais. Alguém lembrou que o dito cujo não tinha o direito de sair atirando em todo mundo somente porque perdeu a mulher para um marchante.
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Amanhã tem mais.
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