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As derradeiras do dia

5 de fevereiro de 2020

Bem, são 19:49 horas e os deputados continuam discursando sobre bundas de tanajura, os feitos do Jair e para onde o vento sopra, e nada de começar a votação sobre se Wilson Santiago volta a ser deputado ou se continua afastado. O calor está de torar. E ficar diante da televisão ouvindo aquele monte de baboseiras não é um programa salutar para uma quarta-feira de futebol e de Dudu tocando sua bateria imaginária no Bar de João. Portanto, haja o que hajar, só vou dar conta disso depois do fato consumado.

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Fuba disse que não fez música com a Calvário, que o calvário quem botou foi Luis Torres durante a apresentação da música no seu programa da Arapuan.

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O governador João Azevedo acusou o deputado Walber Virgulino de estar fazendo palanque para sua candidatura a prefeito com essa história de impeachment.

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Felipe Leitão foi escolhido o líder do G 11.

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Agora o peido avôa.

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Em Cabedelo tem uma cobra…

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O prefeito Luciano Cartaxo mandou dizer que ficou revoltado com a inclusão do seu nome na lista de Wilson Santiago.

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Cabe a Wilson explicar como se deu esse fenômeno.

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Junior Araujo agora é secretário de Governo. Será que fez as pases com Doutora Paula?

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Vi Durval Ferreira na TV. Está careca.

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Romário entrou de licença para tratamento de saúde e hoje já foi filmado numa clínica especializada, com direito a banho de piscina ao lado de umas trinta belas mulheres.

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E ele dançando a Boquinha da Garrafa.

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O novo secretário de Bolsonaro é chegado a uma mordidinha de bunda.

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Imagina se na hora H sai um disparo daqueles!

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Mofi ficou famoso. O caso da cachorrinha que ele matou saiu no SBT.

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Vou indo.

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1 Comentário

  • Reply Lumière 5 de fevereiro de 2020 at 22:50

    Do Brasil de Fato:

    O CAPITÃO QUE SALVOU O BRASIL.

    Ayrton Centeno
    05 de Fevereiro de 2020 às 10:29

    Sem discursos, desfiles, placas ou outras pompas, esta quarta-feira, 5 de fevereiro, marca um dia especial. Deveria ser especial sobretudo para as Forças Armadas. Mas não é. Na verdade, é uma data que laboriosamente é esquecida pelo fato de lembrar uma vergonha brutal. Precisa ser enterrada bem fundo. Dela, hoje, nada se falará ou escreverá. É o dia que evoca – ou deveria evocar — a memória do capitão que salvou o Brasil.

    Sua lenda já existia mas ganhou outra e maior dimensão no outono de 1968 numa sala do Ministério da Aeronáutica guardada por dez homens armados de metralhadoras. Era 14 de junho e ali um plano foi exposto aos oficiais paraquedistas do Para-Sar, o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento, da FAB.

    A ditadura completara seu quarto ano sob protestos nas ruas. Nos quartéis, porém, o que crescia era a insatisfação dos ultra-duros. E o plano tratava justamente disso. Ali, conforme relatariam depois 37 das 41 testemunhas ouvidas, escutou-se um rascunho de genocídio.

    O projeto foi exposto pelo brigadeiro João Paulo Moreira Burnier, chefe de gabinete do ministro da Aeronáutica, Márcio de Sousa e Mello, e homem obcecado pelo combate ao comunismo. Resumia-se numa matança para a qual estava sendo convocado o Para-Sar. Prepararia-se o terreno com a detonação de bombas em sedes de multinacionais e na embaixada dos Estados Unidos.

    A culpa seria atribuída à esquerda. Depois, num crescendo, novos atos até o climax: a explosão da represa de Ribeirão das Lajes e do Gasômetro de São Cristovão, ambos no Rio, às 18 horas, hora do pico, para produzir o maior número de mortes. Presume-se que morreriam talvez até 100 mil pessoas. Seria um dos maiores atos terroristas da historia da humanidade.

    Na sequência, aproveitando-se da comoção popular, 40 personalidades que discordavam do regime seriam sequestradas e atiradas de avião em alto mar. Entre as vítimas figuravam os ex-presidentes Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros, o arcebispo Dom Hélder Câmara e mesmo artífices do golpe de 1964, casos de Carlos Lacerda e do general Olympio Mourão Filho. Com sangue, abriria-se o caminho para um abismo de tirania — na Argentina e no Chile, a ideia vingaria.

    Um dos fundadores do Para-Sar, o capitão Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho, ouviu perplexo tudo aquilo. Com 900 saltos, seis mil horas de voo e quatro medalhas por bravura, Sérgio Macaco, seu apelido, era figura reverenciada dentro e fora do esquadrão.

    Indagado pelo seu superior sobre a proposta, Sérgio Macaco deu-lhe uma resposta que lhe custou a carreira e rendeu uma perseguição incansável. Chamou o plano de “imoral” e “inadmissível”, avisando que, enquanto estivesse vivo, aquilo não aconteceria. Foi preso por 25 dias, processado quatro vezes, transferido e, finalmente, perdeu a patente. Mas, com sua reação, o conflito vazou, abortando a conspiração. Burnier, que sempre negou a denúncia, nunca foi punido.

    Sérgio Macaco sobreviveu com dificuldades. Exerceu profissões civis até conseguir uma vaga de suplente de deputado federal pelo PDT. Sempre buscou justiça, o que só aconteceu em 1992, quando o Supremo determinou que lhe fosse conferido o posto e o soldo de brigadeiro.

    Mas o ministro da Aeronáutica, Lélio Lobo, negou-se a cumprir a ordem. Notificado pelo STF, empurrou a decisão para Itamar Franco. O presidente, porém, somente assinou o decreto que devolveu os direitos ao capitão no dia 11 de fevereiro de 1994. Sérgio Macaco não viveu para saber disso. Morreu seis dias antes da assinatura de Itamar, vítima de câncer.

    Não é uma história nova mas sempre vale a pena recordá-la, principalmente neste 5 de fevereiro, aniversário de 26 anos da morte do capitão que salvou o Brasil. Não apenas para exaltar a coragem e o senso de dever de um militar. Também para lembrar que, assim como pioramos em tantas frentes — menos empregos, justiça, inteligência, sensatez, decência, tolerância, soberania, compaixão… – não nos demos conta que também pioramos — e gravemente — na qualidade dos nossos capitães.

    Edição: Leandro Melito

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