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AS MULHERES DA MINHA VIDA

8 de março de 2021

 

A primeira mulher da minha vida foi dona Emília, minha mãe.Ela me deu a vida e, mais que isso, deu amor, educação e norte. A ela devo tudo, inclusive minha saudade e essa lembrança que de vez em quando aperta o peito e me faz ser menino de novo, querendo colo e dengo.

Depois dela,claro que a grande mulher, a incomparável e insubistituível é dona Cacilda, minha esposa.

E que minhas amadas irmãs não fiquem com ciúmes por ter pulado de mamãe para ela, Cacilda.Isso não quer dizer que não as ame e que não as considere mulheres da minha vida também.

É que, por uma consequência natural da vida, nascemos dos pais, formamos a primeira família e depois partimos, como aves de arribação, para construir nossos próprios ninhos.

Minhas irmãs construíram os delas e se tornaram mulheres na vida de seus maridos. Eu construí o meu com dona Cacilda e a partir daí ela tornou-se a mulher da minha vida.

E se nesses quarenta e três anos de ajuntamento fomos felizes, igualmente enfrentamos as barras mais pesadas que alguém pode imaginar.

Essas barras pesadas, porém, foram vencidas graças à tenacidade daquela que conheci quase menina e que se tornou mulher de fibra, de coragem e de destemor.

Sua solidariedade esteve presente nas horas boas e nas horas amargas.

Quando os amigos esqueceram nosso endereço, quando o carro foi vendido para pagar as contas, quando a casa própria foi devolvida ao banco e fomos morar numa casinha feia de conjunto, alugada; quando não tivemos mais dinheiro para sair aos domingos e almoçar fora, quando a feira minguou, quando contamos as moedas para, na soma, arriscar a compra de um quilo de feijão, lá estava ela, sorrindo e achando bom, dizendo que aquilo passaria e dias melhores estavam por vir.

Por isso ela é a mulher da minha vida.

Embora hoje, na descida da ladeira em busca do ocaso da vida, outras mulheres importantes tenham povoado meus dias, minhas noites e meus sonhos.

Mulheres igualmente lindas e amadas.

A primeira delas é a minha primogênita, Niâni, meu xodó.

Uma filha maravilhosa, guerreira, batalhadora, a cara da mãe.

E com ela vieram Emília, a neta dos meus chamegos.Linda, educada, inteligente, focada no seu objetivo de se tornar psicóloga e mais tarde, também, embaixadora de Jesus junto aos necessitados de fé.

Priscila, que chegou depois como uma chuva de verão, já se pondo mocinha, atrevida, enxerida, meu xamego de vovô coruja, que me faz, já com os cabelos enbranquecidos, voltar a ser menino e com ela aprontar peraltices por esse mundo afora. Peraltices como brincar na terra, rolando pelo chão, do mesmo modo que um dia se fazia no chão de Princesa sob a vigilância da cuidadosa dona Emília. E por último Mariana, a mais nova das mulheres da família, linda, centrada, inteligente, meiga, a cara da mãe, Andréia, que chegou de mansinho para, ao lado do meu Felipe, ser paz e, como as outras, formar no time das mulheres da minha vida.

Sou grato a Deus pela família que me deu e pela mulher que reservou para compartilhar essa caminhada.

Em tempo: tia Jovem foi a mãe que me acalentou quando o acalanto de dona Emília voou juntamente com ela nas asas do passarinho celestial.

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5 Comentários

  • Reply Valmir Lopes 8 de março de 2021 at 07:29

    Sr. Sebastião tu és um homem de sorte, pois tu é feio pra caramba. As mulheres da foto parecem irmãs. Muito bonitas.

    • Reply Sebastião 8 de março de 2021 at 10:13

      Sou feio, mas sou gostoso

      • Reply Valmir lopes 8 de março de 2021 at 18:29

        Verdade!!!! (Risos)

      • Reply Marcelo 9 de março de 2021 at 09:42

        Kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
        Dá-lhe Tião

  • Reply Zé Bedeu 8 de março de 2021 at 12:49

    Tira essa barba, depois da pandemia você pode deixar ela crescer.

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