De Gonzaga Rodrigues, que republico aqui com a devida autorização do autor:
CaríssimoTião,
Rendo-me com o mais sincero remorso ao teu reparo sobre meu silêncio involuntário a um dos teus livros. Sabe você de minha adesão espontânea, manifesta, ao repórter que você impôs, desde jovem, à aceitação dos cultores da boa imprensa e, sobretudo, ao seu povo. Vibrei e ainda hoje vibro, passado tanto tempo, com o fragor de uma reportagem sua colhida numa noite comum de hospital. Vivi oito meses interno num sanatório, ao lado de 80 tuberculosos como eu, e frustrei essa experiência em toda a minha vida de escriba razoável por me faltar o veio comovente que pude encontrar em quatro ou cinco laudas do teu texto principiante. Já que você falou em frustração, a minha, nunca dissipada, foi não ter sido o repórter que você e Severino Ramos já se apresentaram sendo.
Passei batido sobre o teu livro, sem propósito, sem me dar conta da falha que espero perdoada.
Obrigado por tudo!
A velhice é uma merda, Bastião! Ontem foi o gigante Sitônio quem nos deixou, aumentando o nosso deserto.
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Ney Suassuna está na terrinha. Veio ajudar na campanha de Veneziano, de quem é primeiro suplente no Senado.
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Só lembrando: Ney já foi primeiro suplente e assumiu com a eleição do titular ao cargo de governador.
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Quem disser Antônio Mariz acertou.
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Parece que o Corpo de Bombeiros está de sobreaviso. Tem gente com a cara queimada.
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Pessoas que adquiriram apartamentos no Master Club Residence e nunca, jamais, em tempo algum, receberam pelo que compraram, foram à Justiça e conseguiram a imissão de posse. Vão terminar a obra por conta própria.
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Esse residencial fica localizado no Bessa, ali por trás do Bessa Shopping.
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Essa prisão do ex-ministro seria mesmo necessária? O cara nem ministro é mais. Iria atrapalhar as investigações como, de que jeito, de que maneira?
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Está mais para prisão espetáculo do que para prisão preventiva.
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Hoje é Noite de São João.
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Seria a noite do forró, noite única, com direito a fogueiras, balões no céu, foguetão, roda de fogo e forró a noite inteira.
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A coisa foi elastecida, ganhou um mês inteiro e os forrozeiros de antigamente foram substituídos pelo espetáculo dos Aloks da vida.
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E em vez do forró pé de serra, do fungado no cangote, surgiram os shows. O povo lá embaixo, espremido, batendo palmas para o artista, contratado a peso de ouro pelas Prefeituras.
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Convenhamos, antigamente era mais bonito e animado,
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Pergunta Josival Pereira: “Em qual gaveta da Assembléia estão guardadas as contas reprovadas de Ricardo Coutinho?” Eu acho, Josival, que na mesma onde guardaram as de João Azevedo.
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Não esquecer o forró de Maguila, logo mais, na Gruta de Bananeiras.
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Mas é só para os convidados.
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Inté.
4 Comentários
Tião, mesmo que anônimo, eu sou testemunha desse pessoal que foi engranado do Master Club Residence….Alex filho e Alex Pai da rede master fizeram a maior propraganda e parece que deu errado….Por mais que só tenha gente bem endinheirada que comprou, são sonhos de pessoas de ter seu lar que enganaram…Tenho pena dos compradores e a justiça devia bloquear os imoveis e a riquezas desses empresários que vivem no luxo as custas dos sonhos dos outros…A gente que tem vergonha na cara se sente tocado com essas coisas né…abrço e bom sao joao.
A verdade é que essa geração conectada não aguenta passar o mês inteiro ouvindo os clássicos.
Hoje são os DJs. Ontem foram os sertanejos, e antes deles o “forró de plástico”. Mas a verdade é que se colocar um trio pé de serra, ninguém nem sai de casa.
Ney Sanguessuga!
Esqueceu que o ex-ministro anda armado, e que já disparou a arma num aeroporto?