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As primeiras do dia

31 de agosto de 2022

O dinheiro, sempre ele. Uns com tanto, outros sem nada. Até na política. Saiu ontem a relação do fundão. Os campeões são Gervásio Maia e Ruy Carneiro, ambos com R$ 2,5 milhão do fundo. Frei Anastácio, o rebelde do PT, já embolsou R$ 1 milhão. Damião Feliciano, que mudou de partido, se deu bem, recebeu uma quota de R$ 725 mil, a mesma que foi destinada a Julian Lemos. Fiquei surpreso com a magreza de Hugo Motta, somente (?) R$ 83 mil, a mesma quantia paga a Wilson Santiago, que certamente não está nem ligando já que é um homem rico.

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Enquanto isso, no PL de Bolsonaro reina a discórdia por causa do fundo. Os candidatos a deputado estão chiando, a imprensa fala em falta de fundo até para Nilvan, o candidato a governador.

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A turma que não larga o pé de Ricardo Coutinho dorme e acorda pensando nele. Pesquisam tudo, vasculham tudo, se Ricardo olhar de banda, lá estão dizendo e inventando coisas. Tem gente que, mesmo trabalhando em alhures, é chamada às pressas para falar de e sobre Ricardo.

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Como se isso tivesse o dom de evitar o inevitável.

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Ontem estava conversando com meu dileto Marcos Maivado Marinho, o jornalista mais dinâmico, corajoso e realmente jornalista ainda no batente. E constatamos pesarosos que a nossa geração está se indo. Conta-se nos dedos os que restam.

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E lá vai eu contando nos dedos: Aguinaldo Almeida, Frutuoso Chaves, Zé Euflávio, Chico Pinto, Josinaldo Malaquias, Edmilson Lucena, Edson Werber, Marcondes Brito, Abelardinho Jurema, Geordie Filho, Miguel Lucena Filho, Cícero Lima, Nonato Guedes, Ademar Nonato, Zé Duarte Lima, Aldo Lopes, Gonzaga Rodrigues, Flávio Lúcio, Arimatéia Souza, Silvio Osias, Marcos Maivado Marinho, Antônio David Diniz…

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Um internauta manifestava ontem sua preocupação diante do que determinou o TSE sobre o eleitor deixar o celular com os mesários na hora de votar: “Minha mulher é mesária, e daí, o que é que eu faço?”

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Também está proibido o porte de arma.

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Eu pensava que essa última proibição já existia.

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O cabra ir votar armado é um perigo.

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Maior do que o de dançar.

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Vendo o desfile de tantos luxos na telinha do computador, comparo com a miséria que campeia nas ruas das grandes cidades. Aqui em João Pessoa se vê um número cada vez maior de pedintes nos sinais, nas esquinas, nas portas dos restaurantes, das padarias, dos supermercados e dos bares.

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Um contraste desgraçado, uns com tanto e se achando e outros sem um caroço de feijão pra botar no fogo.

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Ontem, na porta da padaria, um moço sustentava um cartaz pedindo comida. Estava fraco, sentado no chão, quase dormindo. Me aproximei pra dar uma ajuda e tive que acordá-lo.

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E uns felas da puta jurando que no Brasil não há fome.

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Pra quem vivia dizendo que a eleição seria um passeio, admitir um segundo turno já é uma derrota.

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Eu sempre achei que cantar vitória antes do tempo é um perigo.

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Lembram de Fernando Henrique?

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Tirou até retrato sentado na cadeira de prefeito de São Paulo e não final deu Jânio Quadros.

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Quem morre de véspera é peru, lembrou aqui meu passarinho fuxiqueiro.

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E daqui até o dia D vai correr água aos borbotões por debaixo da ponte.

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Quem avisa amigo é.

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Depois não digam que não avisei.

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Inté.

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