As primeiras do dia

Delegado e deputado estadual reeleito pela Paraíba, Walber Virgulino, tirando uma soneca abraçado com o seu melhor amigo, o fuzil metralhadora, “pronto, preparado e querendo!!!” como ele mesmo diz na legenda da foto. Só não ficou explicada a presença do boneco.

Em tempo: o deputado é terrivelmente bolsonarista.

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Depois que esse empresário foi preso com um arsenal de armas e bombas e confessou que ia explodir uma delas na posse de Lula para provocar intervenção militar no país, fiquei com a mosca detrás da orelha. Quem garante que outros malucos iguais a ele não pensarão a mesma coisa?

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Falta uma semana para o pesadelo acabar.

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Em tempo: a esposa do terrorista preso recebeu 16 parcelas do auxílio emergencial.

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Pense num Governo sério!

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Essa bobagem de passar a faixa a Lula ou não me lembra a decisão do então governador eleito Ricardo Coutinho, que escolheu uma pessoa do povo, um cidadão de Cruz das Armas, para lhe passar a faixa governamental em frente ao Palácio da Redenção.

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Lula não precisa nem de Bolsonaro, nem de Mourão. A faixa verde e amarela deve ser entregue a ele pelo homem pobre que saiu de casa e o escolheu presidente da república.

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E o resto é conversa mole.

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Festa de Natal, coisas lindas aconteceram. As pessoas encheram o bucho de peru, de chester, de pernil, de lombo, de farofa com frutas, de bolos saborosos, de champanhe, de vinho, de uísque, tiraram fotos, postaram nas redes sociais, ficou tudo uma beleza de Creuza.

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Decerto o Menino Jesus gostou do que viu, se emocionou, agradeceu e pediu Biz. E nem deve ter olhado para aquele sem teto que dormiu com o bucho vazio, com a tripa roncando, engolindo crack para enganar a fome e o frio.

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Vi as imagens do pastor cultuando o natal com as mãos levantadas sobre a cabeça do governante, vi o padre rodeado de beatas saudando o Deus Menino com suas vestes douradas e o seu altar com adornos de ouro, ao qual o moço sem casa, sem banho e todo mijado não seria bem-vindo.

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E fiquei a me perguntar se Jesus mudou de lado, enricou, passou a desdizer o que nos ensinou na sua curta passagem pela terra, lembrei principalmente quando ele dizia que era mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino do céu.

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Mas continuemos, ainda falta o réveillon, a queima de fogos, as roupas brancas revestindo a paisagem, a saudação ao ano que chega recheada a brindes e quitutes.

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E Cajá foi escolhido a terra da tapioca.

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Se bem que não existe tapioca igual a de Nilvan, de Sobrado.

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E aqui na Capital, a tapioca da mulher do Galego da Barraca, no Aeroclube, não tem parêia.

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Embora eu continue preferindo o cuscuz com bode de Dona Francisca, em Mangabeira.

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Cuscuz, bode e uma caneca de café pingado.

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E depois um peido sonoro para festejar.

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Inté.