As primeiras do dia

Em 1964 eu tinha 13 anos, morava nos cafundós do sertão e vivia longe do mundo. Não havia, ainda, internet e um único jornal chegava à cidade de 15 em 15 dias para ficar guardado nos arquivos da Prefeitura. TV, que é bom, não existia, ou melhor dizendo, um aparelho de televisão adquirido por Bel do Rádio não exibia imagens, só chovia.

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Por isso não cheguei a testemunhar cenas de estudantes levando surras da polícia. Até nós só chegavam informações simpáticas aos aplicadores do golpe que infelicitou o país durante 20 anos. E nessas informações não cabiam notícias sobre repressão a oposicionistas do regime.

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Tempos depois, já taludo, comecei a me inteirar sobre tais acontecidos pelos livros e filmes feitos por vítimas das truculências.

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Até que, ontem, pude, finalmente, ter uma ideia do que foi aquilo tudo, quando assisti, pela televisão, as cenas do movimento de estudantes que protestavam contra o aumento das passagens.

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Vi a Polícia atirando balas de borracha, jogando bombas de gás, correndo atrás de adolescentes, pneus pegando fogo,  o fumaceiro cobrindo o azul do céu.

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E cheguei a me perguntar se precisava tudo aquilo para arrefecer os ânimos de jovens revoltados com o aumento nos preços das passagens que eles pagam para se locomoverem à Universidade.

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Pela nota da PM, os policiais agiram depois que os estudantes tocaram fogos nos pneus e jogaram pneus incandescentes na tropa.

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Mesmo assim, a reação pode ser encarada como desigual. Confira esse vídeo que copiei da TV Cabo Branco:

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A propósito de declarações dando conta de que ele, quando prefeito, também pagou por projetos que visavam engordar as praias de João Pessoa, o ex-governador e ex-prefeito Ricardo Coutinho respondeu:

“Deixei pronto um projeto que consistia em reduzir a energia das ondas para que o mar se afastasse da barreira colocando blocos de concreto nas duas “falhas” que existem nos arrecifes  naquela região, uma em frente à praça de Iemanjá e outra no Seixas. Com o tempo, esses blocos seriam cultivados pela fauna marinha. Ao mesmo tempo, colocaríamos uma espécie de gabiões enterrados na base da barreira onde as ondas depositariam areia crescendo NATURALMENTE UM POUCO DA FAIXA DE AREIA. Um projeto de pouco mais de R$ 13 milhões que resolveria o problema com o menor impacto possível, mas, como era barato, ninguém quis.”

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E arremata:

“O especialista e professor da UFPB, Saulo Vital, disse na Assembleia que era o único projeto sério que havia sido feito”.

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O Ministério Público, mais precisamente a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público está abrindo inquérito civil para investigar coisas na Prefeitura de Santa Rita.

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Depois volto ao assunto.

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Miguezim Lucena sonhou com os dividendos esquecidos em seu nome no Banco Central. Até pensou em trocar de carro, botar um par de óculos novos, visitar a Paraíba que não vê há séculos, mas quando abriu a porta da esperança descobriu que, nos cofres do Governo, esperava por ele uma mísera moeda de 1 real.

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Assim é phoda.

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Segundo o deputado Júnior Araújo, a Polícia Federal prendeu o homem errado. Ele se referia a prisão do ex-prefeito José Aldeir, de São João do Rio do Peixe, irmão do prefeito José Aldemir, de Cajazeiras. “Não sei como o prefeito de Cajazeiras consegue dormir tranquilo sabendo que prejudicou e destruiu a vida do irmão, que foi preso no momento mais difícil da vida em todos os sentidos”, disse o parlamentar em suas redes sociais.

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Viuge!

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Inté.