Ainda arrasado com a morte de Wellington Fodinha Farias. Ele integrava o time dos que conhecem a fama e não perdem a simplicidade. Continuou fiel a sua Serraria, aos seus campos verdes, as suas ruas antigas, ao seu sítio de infância, aos seus amigos primeiros, aos seus alunos de música, ao seu violão seresteiro.
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Tem gente que acha melhor ser assim. Conheci vários famosos que não perderam a simplicidade das suas origens. Dorgival era desse jeito. Lembro da sua posse como governador. Ivan Bichara lhe entregava o Governo para disputar a senatória e na hora de passar a tropa em revista, Dorgival, sem esconder a incomodação, perguntou e eu ouvi a pergunta:
– Isso tem que ser feito mesmo, Ivan?
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Na última vez que eu o vi ele caminhava com a ajuda de uma bengala e ouvia pouco. Foi durante uma aula show de Ariano Suassuna, seu primo. Sentei-me ao seu lado, ele me perguntou alguma coisa, não ouviu direito a minha resposta e desabafou, em voz alta:
– Ser velho é uma merda!”. E saiu do salão. Ariano parou para vê-lo ir embora.
Dali a alguns dias morreu.
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Há quase 50 anos eu e Chico Pinto somos jornalistas. Nunca fomos a uma festa chique. No batente, as vezes participávamos de algum almoço com deputado ou governador, mais para trabalhar do que para desfrutar. Tão logo terminava a obrigação, corríamos para a sopa do 2113, para a Lanchonete de Zezinho no Viaduto ou para a fava de Efraim, na 13 de Maio.
E continuamos do mesmo jeito.
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Chico até que desarnou um pouco. Vai aos sábados à Livraria do Luiz se encontrar com os intelectuais, focado, porém, na segunda parte do programa: comer cabeça de bode num bar perto do Mercado Central.
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Eu nem lançar meus livros, lanço mais. Me incomoda aquela formalidade dos discursos, da mesa posta, da fila para os autógrafos, dos abraços trocados sem o calor da amizade.
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Um time que à cada dia diminui de tamanho. Wellington era um dos craques desse regimento. Os pernas de pau ficaram sem seu capitão.
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E como a vida continua, continuemos o ramirami.
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Que olhares enviesados seriam aqueles referidos por Clilson Júnior para defender a prisão do Padre Egídio? “Olhos enviezados estariam procurando o seu paradeiro para evitar possíveis e perigosas revelações”, disse o radialista no programa radiofônico da Arapuan.
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Que Padre Egídio guarda segredos, isso não se discute. Mas estaria seguro na prisão?
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Não seria mais urgente ouvir o que ele tem a dizer?
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Se Lula tirou com uma mão, deu com a outra. Retirou três ou quatro milhões que seriam usados na saúde do Estado, mas liberou, segundo o senador Veneziano, R$ 31 millhões para pagar os carros pipas que transportam água para as cidades sem água da Paraíba.
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A TV Cabo Branco retomou as reportagens sobre obras inacabadas. E como tem! Ontem foram mostrados monstrengos em ruínas nas cidades do Conde, Esperança e Pedras de Fogo. O tirinete continua hoje. Palmas para a Cabo Branco e para Laerte Cerqueira.
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Inté.
2 Comentários
Queria saber por que a tv cabo branco, pula Campina Grande quando fala em obra fantasma, aqui temos um hospital fantasma o mato tomando conta, se não sabem o endereço, eu informo fica na rua floriano peixoto e se chama hospital da criança, que Romero Rodrigues inaugurou na administração dele, dizendo a população que dentro de um mes estava funcionando, mentira só tinha as paredes em pé.
Arrumadinho, tá da tv C.B, COM OS CUNHA LIMA E CIA!