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As primeiras do dia

4 de setembro de 2018

Decidi: não assisto mais a debates entre candidatos. O que vi ontem me deixou com o juizo embaralhado, as idéias desparafusadas, os miolos quentes e sem entender mais o que são dois mais dois ou cinco vezes cinco. Um candidato se apresentou como oposição a Temer, voraz, feroz, convincente até, mas aí eu me lembrei que há alguns meses o mesmo candidato proferia discurso emocionado dizendo que Temer merecia aplausos porque era o presidente que ia mudar o Brasil. Esse mesmo candidato, recentemente, enfiou os pés na lama do açude de Boqueirão para anunciar as boas vindas às águas que Temer trazia. Ressalte-se que ele não estava sozinho nessa empreitada. Havia mais gente com ele.

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Por isso não assisto mais. Vou comprar uma kombi velha, um violão de braço quebrado e me danar por aí cantando modinhas do passado e sentindo saudades dos tempos em que me escondia detrás das pedras da Pichilinga para espiar as mulheres tomando banho no açude.

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Anuncia-se para segunda feira uma nova greve dos caminhoneiros. Aí a porca vai torcer o rabo de novo, o gás vai subir, a gasolina vai voar pelos ares, o dono do supermercado vai remarcar o pacote de fubá, e até o ovo, o sagrado ovo, há de sumir das prateleiras. Os espertalhões aproveitam o movimento justo dos motoristas para aumentar o tamanho da poupança.

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Esse Leto Viana, denunciado pela terceira vez pelo Ministério Público, desta vez pela compra de nove vereadores, está competindo pau a pau com o ex-governador Sérgio Cabral. Resta saber quem ficará mais tempo na cadeia.

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Enquanto isso, o reitor da universidade da safadeza permanece solto, fagueiro, treteiro e festeiro.

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E a gasguita voltou!

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Mais gasguita ainda.

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Pesquisa de rua boa da gota serena!

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Nesta sim, eu acredito.

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STJ decide pela permanência da prisão de Fabiano Gomes.

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Eu acho o castigo meio pesado diante da impunidade que acoberta gente que fez pior do que ele.

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Mas é minhocalá, porque senão quem vai pra cadeia sou eu.

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E tchau.

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