As primeiras do dia

Um blogueiro, que se autoproclama André do Povo, foi preso pela Polícia Civil de Bayeux sob a acusação de extorquir vereadores, secretários e outras autoridades políticas da cidade.

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Houve um tempo, faz tempo, mas houve, onde o jornalista, para ser jornalista, tinha que ostentar qualidades morais, intelectuais e, acima de tudo, talento.

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Não havia ainda a internet, era o jornal que empregava e mandava às ruas os seus profissionais à cata da notícia.

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Nesse tempo, André do Povo e similares sequer tinham acesso a uma redação. E o chamado toqueiro, que já existia, não passava de um repórter boêmio que pegava algum trocado do seu entrevistado para salvar a meiota com fava no Bar do Ibraim da 13 de Maio ao final do expediente.

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Os episódios dos tocos  não passavam de acontecimentos divertidos. Como aquele do deputado instado a dar uma ajuda para a feira de conhecido radialista. O deputado carregava num bolso do paletó o dinheiro dos tocos, no outro, o graúdo. Errou de bolso e puxou uma nota graúda e quando o radialista segurou na ponta da nota e o deputado percebeu o engano, manteve a outra ponta na sua mão e os dois ficaram se enfrentando, o deputado dizendo “não é essa” e o radialista “é essa sim”. No final, o deputado desistiu da disputa e o radialista fez sua feira em dobro.

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Mas eram coisas sem maiores consequências. Não havia extorsão, chantagem, coisas assim.

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Com a modernidade da internet e a morte dos jornais, todo fofa bosta virou jornalista, repórter, blogueiro. Bastava ir ao Terceirão, comprar um gravador de terceira e abordar entrevistados, suas futuras vítimas.

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E surgiu blogueiro de todos os tipos.

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Para assassinar o português e chantagear autoridades.

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Esse de Bayeux é apenas um. Se procurar direitinho, encontra-se de tuia. Não só lá, noutras plagas, principalmente em João Pessoa.

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Briga boa essa de Adriano Galdino e a senadora Daniela Ribeiro. Galdino não confia nos Ribeiro, acha que eles poderão trair o governador. Daniela Rebate lembrando que, quando era deputada estadual, fora convidada por Adriano para uma conversa em torno da eleição da Mesa da Assembleia e não aceitou porque se comprometera com o deputado Ricardo Marcelo, então candidato a presidente. Adriano reafirmou a desconfiança e arrematou: “O que Daniela diz não importa”.

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Esse negócio de trair governador fora do mandato e sem o poder da caneta é tradição na Paraíba. Só para lembrar os mais recentes, Ivan Bichara foi traído e perdeu a eleição de senador em 78. Burity foi traído em 90 pelos seus amigos do peito, que se bandearam para Ronaldo. Um pouco antes, houve a traição a Braga em 86, derrotado para o Senado. E maior traição de todas foi essa a Ricardo Coutinho. A história é recente, a Paraíba a conhece e nem precisa descer a detalhes aqui.

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Aos advogados retardatários, um aviso: termina hoje o prazo para pagar a anuidade com desconto.

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E lá vem o carnaval.

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Sábado tem Baratona.

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Com Marcos Pires à frente, todo esbelto, sem uma grama de gordura.

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Mas eu só vou se a galega do suvaco fedorento confirmar presença.

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Eu e Kubi, Kubi e eu.

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Inté.