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AS PRIMEIRAS DO DIA

16 de outubro de 2018

Imaginem os senhores se essa bomba envolvendo os conselheiros Fernando Catão e Nominando Diniz, o senador Cássio Cunha Lima e o empresário Roberto Santiago, tivesse explodido antes do primeiro turno, o que não estariam alegando possíveis perdedores da eleição. Com certeza atribuiriam a esse fato novo o insucesso das suas pretensões eleitorais. Por isso, foi muito bom que acontecesse somente agora. Os que perderam, perderam porque foram realmente rejeitados pelos eleitores.

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Mas que foi feia a coisa, isso lá foi.

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Segundo apuraram a Polícia Federal e o Gaeco, o conselheiro do Tribunal de Contas, Fernando Catão, concedeu uma liminar suspendendo a construção do Shopping de Intermares, depois de uma troca de mensagens com o empresário Roberto Santiago.

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Santiago teria chegado ao conselheiro através do senador, que é sobrinho de Catão, e de um filho desse mesmo conselheiro, que teria funcionado como defensor dos interesses do empresário. Essa defesa de interesses também seria feita pelo conselheiro Nominando Diniz.

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O desembargador relator do caso, atendendo a um pedido da PF e do Gaeco, decidiu então enviar o processo ao Superior Tribunal de Justiça, por causa do foro privilegiado do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

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Como se vê, o Xeque Mate de Cabedelo é mais cabeludo do que se imagina. Ao lado do caso do shopping, tem ainda a compra do mandato do ex-prefeito Luceninha, a posse do prefeito posteriormente afastado Leto Viana e as outras marmotas que fatalmente levarão os envolvidos aos merecidos presídios.

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Volto no tempo e lembro que o governador Ricardo Coutinho acusou o mesmo Fernando Catão, na semana da eleição em primeiro turno, de ter contribuído no sentido de tentar levar a julgamento a ação do Empreender, através da qual o sobrinho dele jogava a última cartada para cassar o mandato do governador e assim mudar o panorama das eleições.

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E ao lembrar, concluo que, mesmo nesses tempos sombrios, os bons sempre vencem os maus.

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Cássio perdeu, o tio está mais enrolado do que cabelo de relógio e Ricardo continua governador, depois de fazer barba, cabelo e bigode no primeiro turno, elegendo seu candidato a governador com 600 mil votos de dianteira e derrotando o até então favorito na corrida para o Senado, Cássio Cunha Lima .

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E ontem teve a caminhada do livro em João Pessoa.

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“Livro sim, arma não”, era o grito de guerra que se ouvia no centro da Capital.

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Uma multidão disse sim a Hadad e não ao belicoso candidato da ultra direita.

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Xau.

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3 Comentários

  • Reply SEVERINO CARLOS DE ANDRADE 16 de outubro de 2018 at 08:25

    Depois disso alguém acredita em isenção nas decisões do Dr. Catão? ? É mais fácil acreditar em papai Noel.

  • Reply Cesar Miranda 16 de outubro de 2018 at 08:57

    O desembargador João Benedito registrou, na decisão, que a declinação da competência não está relacionada à existência de indícios de participação do senador Cássio Cunha Lima, pois este não teria se utilizado de suas funções quanto ao caso, mas de influência, decorrente de parentesco com o conselheiro e de amizade com o réu Roberto Santiago.

  • Reply José Tarcízio Fernandes 16 de outubro de 2018 at 09:44

    Tião Lucena: Esse o tipo de prudência judicante que cabe a todo magistrado para evitar que se usem decisões meramente interlocutórias ou de mérito ainda sem trânsito em definitivo para proveito político-partidário. Que faça escola o eminente e probo desembargador. Mais um mês, menos um mês, não se tem retardamento de monta que cause prejuízo às partes envolvidas ou interessadas na apuração dos fatos.

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