Quando comecei no jornalismo, em 1975, Júlio Santana era uma referência. Representa O Norte na bancada de imprensa da Assembleia Legislativa e tínhamos nele o exemplo do que seria o bom profissional, o jornalista que fazia da ética o seu norte e o seu sul.
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Um dia Júlio cansou, foi embora, optou pela Odontologia e como odontólogo seguiu em frente.
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Os anos passaram, décadas se foram, o mundo mudou, os jornais morreram, chegou a internet, os portais substituíram os antigos informativos, vieram os cabelos brancos, a velhice substituiu a antiga juventude dourada, a morte alcançou o caminhar de tantos, e de repente, durante uma feira de quarta-feira, me deparo com aquele senhor de cabelos brancos e riso fácil a me apontar o dedão da mão como se estivesse dizendo “tô vendo você”.
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Aprumei os olhos cansados e de alcance limitados, esfreguei com a mão e de repente vejo o velho Júlio a me reconhecer na multidão. O abraço foi grande, acochado, abraço de reencontro, de saudade matada, de alegria incontida. E a feira ficou em segundo plano, as encomendas de Dona Cacilda foram relegadas, prevaleceu a emoção que invadiu os corações de velhos amigos que não se viam há tanto tempo e nem mesmo imaginavam que pudessem se reencontrar.
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Endereços foram informados, contatos restabelecidos, promessas de novas conversas se firmaram de papel passado e eu voltei pra casa com a certeza de que nem todos se foram, sobraram alguns, os melhores estão dispostos a vender caro a passagem dessa para melhor.
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E viva a vida.
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Lula era Jeca, Alckmin Joca e o ministro Lewandosvck “a professora” no dizer dos golpistas que pretendiam matar o presidente, o vice e o ministro Xandão para evitar a posse dos eleitos e proporcionar a permanência do que estava no poder.
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Dizer que pensar em matar não é crime é chamar o brasileiro de idiota. Foi crime sim, queriam dar um golpe de Estado, matar a Constituição e golpear de morte a vontade do povo brasileiro.
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Questiona-se, inclusive, a demora da Justiça na decretação da prisão desses marginais.
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Até então os papas eram enterrados em três caixões sofisticados e interligados, feitos de cipreste, chumbo e carvalho. O papa Francisco decidiu que a partir da morte dele, os papas serão sepultados em caixões simples, de madeira, revestidos de zinco.
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Tião do Ó fabricava caixões de compensado, com revestimento de pano e os defuntos nunca reclamaram.
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E tinha o caixão da caridade, que era usado para transportar os pobres sem eira nem beira. Eram levados ao cemitério e lá jogados na cova rasa para engolir terra sem nenhuma proteção, enquanto o caixão era devolvido à capela do cemitério para futuros usos.
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E enquanto não aparecia um defunto, Mané Pitito usava o espaço para dormir e sonhar com as almas do outro mundo.
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Aquela boate dos tiros, a dos Bancários, foi fechada pela Prefeitura.
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Funcionava sem licença.
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Agora os moradores poderão dormir em paz.
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Inté.
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