As vezes é melhor acreditar na não existência de vida após a morte. No caso de Tancredo Neves, por exemplo, é melhor assim, torcer para que ele tenha se acabado e não veja, do outro mundo, o que seu neto de estimação fez com a reputação da família. Tancredo, um homem honrado, verteu para o mundo um bandido da pior espécie, um corrupto sem limites, um cínico sem cura.
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O deputado Jeová Campos decifrou o enigma: Walber Virgulino nutre paixão recolhida por Ricardo Coutinho e, na impossibilidade de conquistá-lo, fala dele de manhã, de tarde e de noite.
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A imagem da vergonha: em pleno choro coletivo pela morte de Gabriel Diniz, um safado rouba o celular de uma repórter do SBT. Depois a gente fica com raiva dos sulistas quando metem o pau nos “paraibas”.
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Se bem que, lá no sul deles, esse tipo de coisa é rotina. Assaltos, mortes com balas perdidas e balas dirigidas, roubos e similares acontecem nos três expedientes.
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Escrevam aí: Roberto Cavalcanti, sem nenhum livro escrito, vai ganhar a eleição para a Academia Paraibana de Letras. E se perder, perderá para Ney Suassuna, que só escreveu um mas tem dinheiro para comprar todo estoque de chá de jasmim existente no Brasil.
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Esse negócio de livro escrito me transporta ao velho Caixa D`água. Passava ele pela calçada do Correio da Paraíba quando entabulamos uma conversa. Nesse meio tempo, chegou Paulo Mariano. Apresentei Paulo a Caixa, que o olhou com indiferença e com a pergunta: “Quantos livros ele escreveu?” “Um”, respondi em nome do apresentado. E Caixa, dando de ombros e indo embora sem dispensar atenção ao bravo de Princesa: “Besteira, já escrevi oito”.
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Caixa morreu sem se tornar imortal. Biu Ramos também sobrou na curva, como igualmente sobraram Nelson Coelho e Glauce Burity.
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A TV mostra a cena do caixão de Gabriel Diniz sendo transportado para o carro do Corpo de Bombeiros e quem estava lá, segurando numa das alças? Claro que João Gonçalves, o homem dos cemitérios.
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E no velório, se destacando, puxando papo com o pai do morto? Adivinhou quem pensou em Padre Albeni. Todo lorde, de paletó e gravata, careca brilhando e boca murcha.
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Eita que a bruxa está solta mesmo. Nem bem Gabriel Diniz foi enterrado, o hospital de Salvador informa que Agnaldo Timóteo respira com a ajuda de aparelhos, após sofrer um infarto.
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Sem falar dos zezinhos e manés que estão morrendo aos montes e deles ninguém fala.
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Por falar nisso, sugiro ao amigo leitor que olhe o número da sua senha. Vai que chamam e você perde a vez.
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E lá me vou-me a mim.
3 Comentários
Sr. Tião Lucena, veja que interessante: na foto, atrás de Tancredo e do dito cujo, há uma placa com o número 2016 – exatamente o ano em que Dilma sofreu o golpe, que foi orquestrado pelo dispeitado e rancoroso que perdeu a eleição para ela em 2014.
Mistéééério!
As ofensas e acusações sucessivas de Walter Virgulino ao ex-governador Ricardo Coutinho é estratégica, para manter-se na mídia. Essa é a característica principal dessa onda de falsos moralistas que se elegeram nessa onda(cagada) Bolsonaro. Talvez o silêncio, a indiferença seja a melhor alternativa para tratar essa situação. Deputado de um mandato só.
Sobre a fala de JB dizendo a Rodrigo Maia que ele tem mais poder por que
tem a caneta na mão. Ora, ora, ora, como pode alguém, após passar 30 anos
como parlamentar, desconhecer que tanto a Câmara como o Senado tem
poder para derrubar decretos presidenciais? E também poder para derrubar
veto presidencial?