opinião

As primeiras do dia

10 de julho de 2019

Ao final do seu segundo e melancólico mandato, o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, lembrou-se que a sua cidade precisa de um novo tipo de transporte e correu a Brasília para tentar patentear uma conquista que já tem dono. Ontem, sua assessoria de imprensa distribuiu um texto dizendo que ele, Romero, teria sido recebido pelo presidente da república e encaminhado um pleito pelo qual viria lutando há três anos e que trata da implantação do VLT em Campina. Isso 24 horas depois do governador João Azevedo ter garantido essa conquista após audiência com o ministro da Infraestrutura, Tarcisio Freitas.

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Como todos estão lembrados, o governador e o ministro acertaram a assinatura de um termo de cessão da faixa de domínio da CBTU para o dia 17, mediante o qual, a CBTU transfere para o Estado os trilhos por onde circulavam os trens e sobre os quais trafegarão os Veículos Leves sobre Trilhos. Ao Estado caberá, portanto, a execução do projeto e a sua administração.

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Convém lembrar que o VLT para Campina foi uma promessa de campanha do governador João Azevedo. E o governador, desde março, já tinha assegurado essa conquista ao anunciar a elaboração de projetos para esse fim.

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Trocando em miúdos, o VLT será implantado em Campina pelo Governo do Estado em parceria com o Governo Federal, que cederá a linha férrea administrada pela CBTU para que nela o Veículo Leve sobre Trilho trafegue.

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E o prefeito, com dor de cotovelo porque não fez a obra, tenta pegar morcego na conquista do governador. O que é uma coisa muito feia, vocês hão de convir.

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Mas é bom Romero ir se acostumando. Depois do VLT vem o Centro de Convenções de Campina. Aí ele vai endoidar de vez.

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Giselly Siqueira, assessora do ministro Moro, pediu exoneração alegando motivo especial.

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E Moro entrou de licença.

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E o Intercept soltou a primeira sonora das conversas nada republicanas.

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Mistério da meia noite.

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Aí tem.

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Esse Conjunto Aluizio Campos, que o prefeito Romero anuncia como conquista sua, foi um presente da então presidente Dilma ao povo campinense.

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O que me lasca é a minha memória.

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Cuidado com a papuda.

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Quando ela não mata, incha.

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Incha a cara, afina o pescoço e cresce o bucho.

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Quem avisa, amigo é.

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5 Comentários

  • Reply cicero de lima e souza 10 de julho de 2019 at 05:49

    Avise pessoalmente a Elias Pelágio

  • Reply Lumière 10 de julho de 2019 at 09:53

    A VERGONHA DE UM PARLAMENTAR QUE NÃO FALA, ATROPELA.

    Por Fernando Brito · 09/07/2019

    De quinta-feira para cá, acionou-se o rolo compressor da maldade.

    Não há mais divergências, não há mais negociação .

    É aprovar a reforma, seja lá como for.

    Nem a categoria “sagrada” dos policiais.

    Muito menos os professores, que todos dizem ser a prioridade.

    Vão combater os privilégios, como se os privilegiados, neste país, não tivessem acumulado patrimônio e capital que os fizesse depender de R$ 2 mil ou R$ 3 mil do INSS.

    É a reforma contra os privilegiados que é apoiada pelos privilegiados…

    Vão combater as aposentadorias precoces fazendo alguém ter de conseguir contribuir durante 40 anos, para não ser taxado com uma redução abrupta de sua renda modesta, com cortes cruéis em aposentadorias que pouco passam do salário mínimo.

    Não é que o brasileiro não queira trabalhar e a maioria trabalha, de fato, até os 65 anos ou até mais. Mas ele perde a garantia dos proventos que lhe dão segurança e, pior, perca parte do parco ganho a que teria direito.

    Nenhuma consideração sobre as dificuldades do trabalhador de maior idade, num quadro de desemprego, em seguir trabalhando formalmente e contribuir até os 40 anos para perder apenas pouco?

    Não há debates, não há acordos, não há compensações.

    Há a ordem unida.

    De quem a ordem? Do mercado, do capital, daqueles que retiram do Orçamento público, em um ano, metade do trilhão tão desejado por Paulo Guedes.

    Gente que nunca disse a seus eleitores que lhe tiraria os direitos de aposentadoria e que, como no impeachment de Dilma Rousseff, imbecis gritam que é “pelas crianças, pelos meus netos”.

    Qual! É por eles próprios, pelas polpudas verbas com que, descaradamente, querem se eleger com pequenas obras em municípios do interior, que são nada perto do que deles se retira reduzindo a renda dos aposentados, dos quais dependem estas comunidades para sobreviver.

    Pode-se tirar das viúvas, dos órfãos, dos que se aleijaram no trabalho, dos que adoeceram, mas não é possível tirar de quem embolsa lucros e dividendos, não é possível tirar das petroleiras que vêm sugar nosso pré-sal, não é possível tirar de quem herda milhões.

    Amanhã, é certo, aprovarão a essência da reforma, que é tirar dos humildes. depois se digladiarão para tirar dela categorias que são suas bases eleitorais.

    Também no Legislativo, o Brasil é governado por gente canalha, que tem desprezo pelo seu povo.

  • Reply Mercia de Fatima 10 de julho de 2019 at 11:13

    João é da mesma linha de Ricardo, promete e faz. Parabens governador.

  • Reply Batista 10 de julho de 2019 at 14:35

    Quem dera meus conterrâneos botarem juízo na cabeça, deixar de lado o bairrismo burro e intolerante, largar a mão e virar as costas para aqueles que nada fazem por nossa cidade e ser grato com quem trabalha para o engrandecimento e progresso da nossa rainha da Borborema.

  • Reply Airton Calado 10 de julho de 2019 at 15:12

    Sou eleitor em campina grande e resido aqui ha mais de trinta anos, nunca tinha ouvido que Romero defendia a inplantação do VLT em campina grande, agora surge essa defesa inesperada, veremos…… torço que João Azevedo permaneça a frente da execução desse projeto, se for esperar por RR, esqueçam.

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