Vieram me dizer que em determinado endereço da cidade das acácias o sono somente foi possível após a injeção de caixas e mais caixas de rivotril. O pessoal estava reunido para comemorar a inelegibilidade do ex-governador Ricardo Coutinho, mas depois da lapada do TRE e da manutenção dos direitos políticos do ex, a alegria virou pesadelo e a insônia tomou conta do ambiente.
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Alguns meteram a cara na cana e, bebados, deitaram e rolaram pelo chão, afundando o rosto no vômito repleto de baba e caroços de mangunzá doce, comido aos montes nos momentos em que ainda se pensava na derrota do ex-governador.
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Houve choro também. Choro alto, soluços convulsivos, arrancamento de cabelos,algumas senhoras pudicas levantaram as saias para enxugar os olhos e mostraram que debaixo delas guardavam partes do corpo em absoluto desalinho, num descuidado tão grande que se assemelhavam à mata do buraquinho.
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Mas isso é da vida. Se conformem, aceitem que dói menos. Ano que vem tem eleição e a pancada do bombo vai ser igual ao canto da perua, só que com algumas mudanças nas estrofes, em vez do original, será assim: “é de mió a mió, é de mió a mió e a cantiga da perua é uma só”.
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Bolsonaro pensou que estava desqualificando os nordestinos e, particularmente, os governadores da Paraíba e do Maranhão, mas acabou emprestando a João Azevedo um sobrenome que enche de orgulho qualquer “paraíba” deste mundo: João Azevedo agora é João Paraíba.
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Tem muita gente enganada com a cor da chita. Depois não venha pra cá com chorôrô, porque não foi por falta de aviso.
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A secretária Iolanda vai ficar mesmo no Presídio Feminino, segundo noticiou o Parlamento PB da minha querida Cláudia Carvalho.
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Tem gente que não esconde a paixão.
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Numa cidade sertaneja, lembro bem, o líder político recebia mimos do então governador. Era quem nomeava, demitia, inaugurava, falava grosso e dava as ordens. Bastou, porém, o antigo e eterno chefe se candidatar contra o governador, para ele romper e voltar correndo aos braços do velho amigo, deixando o homem que ele dizia representar chupando o dedo e sem entender a traição.
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É que muita gente achava que ia acontecer uma coisa e aconteceu outra.
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Semana que vem tem caminhos do frio em Bananeiras.
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E faz frio de torar em Bananeiras nesta época do ano.
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Hoje é sexta.
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Chovendo ou estiado, hoje é dia dos três M: Mé, muié e moté.
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Inté.
5 Comentários
EITA TIÃO, SERÁ QUE ERA PROMESSA???
(Houve choro também. Choro alto, soluços convulsivos, arrancamento de cabelos,algumas senhoras pudicas levantaram as saias para enxugar os olhos e mostraram que debaixo delas guardavam partes do corpo em absoluto desalinho, num descuidado tão grande que se assemelhavam à mata do buraquinho.)
NA VEJA, O “HACKER” BOLSONARISTA.
Por Fernando Brito · 25/07/2019
Da revista Veja, agora há pouco:
Um dos alvos da Operação Spoofing, o motorista de aplicativo Danilo Cristiano Marques, de 33 anos, era conhecido por familiares e amigos por ser bolsonarista fervoroso. Por isso, estranharam quando o viram envolvido com um grupo de supostos hackers que invadiram o Telegram de diversas autoridades, entre elas o próprio presidente Jair Bolsonaro e os ministros Sergio Moro e Paulo Guedes.
Marques já foi apontado como um inocente envolvido apenas por ser “laranja” de Walter Delgatti Neto, e Gustavo Henrique Elias Santos apontados como os principais suspeitos do esquema. Mas hoje a própria PF vazou que ele, junto com Delgatti, teriam trocado em dólares e euros cerca de R$ 90 mil, nos aeroportos do Rio e de natal, supostamente para comprar armas.
Aí em cima, a sua foto no Facebook, durante a campanha. Seu parceiro Delgatti era filiado ao DEM, de onde foi expulso hoje.
Alguém aí ainda quer ver uma conspiração petista no vazamento?
DO 247
GLEEN DESMONTA FARSA E PROBA QUE SUA FONTE NÃO É O “HACKER DE ARARAQUARA”.
247 – A fonte que entregou os diálogos da Operação Lava Jato ao jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil, negou em conversa no dia 5 de junho que também tenha sido responsável pela invasão ao Telegram do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. O diálogo foi repassado a Veja pelo próprio Greenwald.
Na mensagem, o norte-americano pergunta à fonte se ela havia lido uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo sobre a invasão ao celular do ex-juiz. O título da matéria dizia que o hacker usou aplicativos do aparelho e trocou mensagens por seis horas. “Posso garantir que não fomos nós”, responde a fonte, em mensagem transcrita de forma literal.
“Nunca trocamos mensagens, só puxamos. Se fizéssemos isso ia ficar muito na cara”, acrescenta a fonte em outra mensagem, antes de criticar o método de ação empregado contra o ministro. “Nós não somos ‘hackers newbies’ [amadores], a notícia não condiz com nosso modo de operar, nós acessamos telegrama com a finalidade de extrair conversas e fazer justiça, trazendo a verdade para o povo.”
Segundo Greenwald, o primeiro dos contatos com a fonte ocorreu no início de maio. Ou seja, um mês antes da denúncia feita por Moro.
O jornalista disse ter sido apresentado à fonte por um intermediário e destacou que todos os contatos foram feitos virtualmente. Greenwald também afirmou desconhecer a identidade do hacker, que teria extraído todo material do Telegram de Dallagnol.
“A fonte me disse que não pagou por esses dados e não me pediu dinheiro algum em troca desse conteúdo”, disse o jornalista.
O material divulgado pelo Intercept foi compartilhado com VEJA e a Folha de S.Paulo, que também publicaram reportagens sobre irregularidades da Lava Jato.
Estará o Moro querendo se transformar no “Edgar Hoover” tupiniquim?
Tragédia ou farsa nas ambições de Moro.
José Reinaldo Carvalho (247)
Um velho filósofo alemão do século 19, que inspirou gerações na luta política de classes, dizia, ao analisar a experiência dos embates sociais de sua época, que a história se repete, a “primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”.
Os palpitantes acontecimentos dos dias atuais do drama brasileiro, que tem como ator e mestre na encenação de farsas o ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de extrema-direita liderado por Bolsonaro, é mais um exemplo que confirma a assertiva de Marx.
Sergio Moro pode estar tentando repetir no século 21 a façanha de John Edgar Hoover (1895-1972), o quase sempiterno diretor do FBI estadunidense, onde mandou e desmandou ao longo de quase cinco décadas, desde o inicio dos anos 1920 até sua morte.
Hoover foi, para além de um cruel perseguidor de comunistas após a Primeira Guerra Mundial, um ativo agente na caça aos inimigos dos Estados Unidos no imediato pós-Segunda Guerra.
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Mas a atividade em que Hoover desenvolveu mais habilidade, e que o notabilizou e habilitou a permanecer no cargo durante tantos anos, foi a coleção de dossiês.
O chefão do FBI usava seus poderes e as informações que detinha sobre atividades políticas, empresariais, administrativas e a vida íntima de milhares de pessoas, para prejudicá-las, constrangê-las, atacá-las e derrotá-las, chantageando-as e controlando-as de modo estrito.
Sua arma foi a posse desses dossiês secretos, com os quais intimidava as mais altas figuras da República, entre estas os sucessivos inquilinos da Casa Branca aos quais ameaçava com a revelação de atos desabonadores.
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No Brasil de hoje, sob o governo proto-fascista e atrabiliáriode Bolsonaro, cabe indagar se Sergio Moro – que se preparou nos Estados Unidos para levar a efeito o lawfare contra a esquerda brasileira, sob o manto de “luta contra a corrupção” – não estaria pretendendo imitar Hoover.
O rumoroso caso que agitou a vida política durante esta semana, da suposta invasão de mais de mil números telefônicos, entre eles os das principais autoridades – o presidente da República, os chefes da Câmara e do Senado, ministros da Suprema Corte, a procuradora-geral, juízes, procuradores, políticos de diferentes partidos – parece estar sendo utilizado por Moro como ensaio para percorrer uma trajetória à moda de Hoover.
O ex-juiz já deu provas de desmedida ambição. Agora, após as revelações do site The Intercept Brasil, inquinado pelas ilegalidades que cometeu durante a Operação Lava Jato, diante da evidência que praticou ilegalidades, Moro quer pôr a República a seus pés?
Quando uma autoridade que dispõe de tamanhas e tão diversificadas informações sobre tantas pessoas poderosas e começa a falar de “segurança nacional” e “estado de defesa”, é sinal de que pretende algo muito maior do que investigar uma turma desqualificada de “hackers”.
As forças democráticas não podem permitir que Moro continue cometendo farsas. Ou pavimentando o caminho para levar o país a uma tragédia.
José Reinaldo Carvalho
Jornalista, pós-graduado em Política e Relações Internacionais, diretor do Cebrapaz – Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz
Esse querido Lumière deve ter um contra cheque muito bom do “Instituto Lula” e do site do PT “Brasil 247”, pois se não tiver é … ?
Um abraço, Lumière, Tião e um bom final de semana !