As primeiras do dia

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E o ciclista morreu. Saiu para trabalhar no primeiro dia do ano, pedalava sua bicicleta pela pista destinada aos ciclistas, quando o carro em alta velocidade o colheu por inteiro. Dizem que o carro era pilotado pelo proprietário, as câmeras mostram a mulher descendo pela porta do motorista, mas seja ele ou seja ela, o certo é que um pai, um marido e um trabalhador tombou no asfalto deixando filhos órfãos e uma viúva aos prantos, clamando por justiça.

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E aquele que pouco tinha porque pouco ganhava, ainda dividiu o pouco que lhe restou com outros que poderiam morrer caso não recebessem seus rins e seu fígado. Pois é, enquanto fígados inchados pelo excesso de álcool saem por aí destruindo vidas, o fígado são do trabalhador morto vai continuar espalhando vida por aí.

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O presidente Jair pediu desculpas pelas inúmeras besteiras que cometeu ao longo do ano. Taí, gostei. Presidente também é gente, erra, peca e pede desculpas.

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Meu amigo Pedro Macedo acha que Durval Ferreira está faminto demais ao propor seu nome para a Prefeitura. Coisa nenhuma, Pedro, Durval pensa grande para ganhar o que já tem.

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Chico Pinto finalmente admitiu que lê o Boiga do Tião.

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O ano começou e lá estava a mulher dos búzios, o rapaz das cartas, os adivinhões de sempre prevendo fortunas, mortes e casamentos desfeitos. Ninguém se reinventa. Entra ano e sai ano e sempre a mesma coisa.

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Está um silêncio…

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Oh povo sumido!

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Até dia 13, calmaria… Depois do dia 14, reboliço.

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Hoje é sexta! Viva!

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E haja figo!

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Daquela imagem que ficou, restou aquele jeito jeitoso de segurar o fundo da taça de vinho. Meio coisado, mas chique.

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Miguezim de Princesa, no ano entrante, versejando como nunca:

Tomei uma cana amuada

No terreiro de Raminho

Levei Ricardo Coutinho

Pra comer uma buchada

Com Lula na Esplanada

Já me esparramei demais

Bolsonaro veio atrás

Com mais de um filho viçando

Quase morro me acordando

Já bebi, não bebo mais.

Eu tomei uma cachaça

Na Serra do Livramento

Me escanchei num jumento

Fui parar no meio da praça

Otílio estava com a taça

Do vinho de Maria Costa

Uma vizinha que gosta

Levou-me à Rua do Ferreiro

Foi forró o tempo inteiro

Perto de um esgoto de bosta.

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Bananeiras vive a Festa de Reis até segunda-feira.

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É festa em cima de festa.

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E quem achar ruim, corra.

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Inté.