“Primeiro eles diziam que Ricardo não poderia ser candidato. E se fosse, não ganharia. Se ganhasse, não governava”. Foi mais ou menos assim que Ricardo falou na sua mensagem ao povo de João Pessoa, logo após o rápido e inexplicável julgamento do TSE, proferido às pressas faltando cinco dias para as eleições, no qual foi proclamada, por 6 a 1, a sua inelegibilidade.
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Trocando em miúdos: o julgamento produziu efeito midiático, mas no campo prático não mudou nada: Ricardo Coutinho continua candidato, seu nome está inserido na urna, seu registro é fato consumado e morreu Maria Preá.
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Ouça o áudio do candidato a prefeito e prepare seu título.
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Estranhamente, o grupo do suplente de deputado Aledson Moura, que continua na posse do PSB em Princesa Isabel, teria festejado a decisão do TSE, publicando nas redes sociais que “um Ricardo já se foi, só falta o outro”, numa referência ao prefeito Ricardo Pereira, que disputa a reeleição com larga vantagem sobre os concorrentes.
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Esse julgamento do TSE pode produzir o chamado efeito contrário. O eleitor costuma ser solidário com a vítima. Já se viu isso antes na Paraíba e não é impossível acontecer de novo.
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Por exemplo: Ricardo ser eleito já no primeiro turno, com uma maioria avassaladora.
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Para desespero daquele escriba que fala complicado e escreve tão difícil que ninguém entende.
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Que todos vamos morrer um dia, disso eu sei, embora preferisse achar que seríamos eternos. Que sou maricas, não sei, pois o maricas é um cabra frouxo e ter medo de morrer, até onde me foi dado aquilatar, não é frouxura, é a reação natural do ser humano. Agora, que o presidente é uma pessoa necessitada de exame psiquiátrico, começo a achar que é, porque diante do quadro de 162 mil mortos, das lágrimas dos que perderam e sequer puderam se despedir dos seus entes queridos, não é normal uma reação assim.
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Imagino a revolta dos que foram deserdados da companhia do pai, da mãe, do irmão, do marido, da esposa, por imposição do vírus matador. Eu, que não perdi ninguém, estou revoltado e contando os dias que faltam para esse senhor voltar ao anonimato.
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O presidento, pasmem, comemorou a decisão da Anvisa de suspender os testes com a vacina da China. Disse que foi uma vitória dele sobre João Dória, como se isso tudo não passasse de uma antecipação da campanha política de 2022.
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O Supremo deu um prazo de 24 horas para a Anvisa explicar a suspensão dos testes com a vacina contra o corona.
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E tem que explicar e justificar.
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Porque, senão…
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Amanhece a quarta-feira. O povo de João Pessoa, mais calado do que nunca, perturba os ouvidos dos conspiradores com o ruído do seu silêncio.
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Vem bomba por aí.
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O calado costuma dar o bote e esconder a unha.
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E se fazer de morto para pegar o coveiro desprevenido.
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Vamos aguardar.
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Só quero ver o pipoco.
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Ver e ouvir.
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E o resto é o bagaço que a porca chupa.
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