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As primeiras do dia

7 de julho de 2021

Muito sério o que foi dito pelo ex-prefeito Romero Rodrigues(foto) à imprensa. Segundo ele, deputados ligados ao Governo estão esperando chegar perto o período eleitoral para abandonar o governador João Azevedo. Eles estariam insatisfeitos com o governador.

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Como Romero carrega nos ombros a reponsabilidade de falar a verdade, fica o aviso no ar. O governador precisa se prevenir para não ficar sozinho na Rua da Amargura.

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Traição na política é coisa comum. E na Paraíba, coisa corriqueira. Que o diga o ex-governador Ricardo Coutinho, traído covardemente por pessoas que se diziam amigas, fiéis seguidoras, ardorosas fãs.

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Então…

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Histórias de traições na política da Paraíba eu conheço várias. Venho de longe e dos longes de onde venho testemunhei inúmeras.

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A partir do bom e intocável Ivan Bichara.

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Quando aqui cheguei em 1975 Ivan era o governador. Era querido e amado pela quase totalidade da Assembléia Legislativa. Ali, uns poucos do velho MDB lhe faziam oposição. A gente contava nos dedos: Zé Fernandes, Ruy Gouveia, Bosco Barreto, Orlando Almeida…

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Veio a eleição para o Senado. Ivan havia feito o sucessor, Burity, pelo voto indireto e seria o senador da revolução. Eleição tranquila, diziam de Cabedelo a Cajazeiras. Mas quem venceu o pleito foi Humberto Lucena. Bosco Barreto ficou em segundo lugar e Ivan em terceiro. Uma dissidência da Arena, a mesma Arena de Ivan, jogou seus votos em Humberto e em Bosco e Ivan ficou derrotado, perdido e abandonado.

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Burity ajudou  a eleger Wilson Braga governador. E logo após a posse Wilson Braga rompeu com Burity. Ele e os deputados. Burity perdeu os amigos e teve o desprazer de ver a cunhada, Giselda Navarro, despejada da Presidência do Espaço Cultural que ele construíra anos antes .

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Burity foi pro MDB e derrotou Braga com a ajuda dos antigos aliados do então governador. Braga perdeu o Governo e foi derrotado para o Senado. Perdeu para Raimundo Lira, um comerciante sem tradição política.

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O MDB, então transformado em PMDB, o partido de Burity, o traiu no final do seu Governo. Sabotou suas ações, negou-lhe apoio e empréstimos e fez Burity sair do Governo desgastado, devendo quatro meses de salários aos funcionários públicos.

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E de traição em traição, chegou a vez de Ricardo Coutinho ser traído por aqueles a quem dera casa, comida e roupa lavada. Uma história recente, do conhecimento de todos.

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Portanto, não é exagero dizer que traição virou tradição na Paraíba. E desta vez não será diferente, ou pelo menos é o que dizem nas esquinas do velho Ponto de Cem Réis.

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O pastor adulterou? Mas é só ele ? E os bem casados da província que mantém amantes em casas bem montadas, com direito a carros, celulares de primeira linha e roupas de grife? Por que não se fala nos casos de padres católicos envolvidos em escândalos sexuais?

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Andrea Nunes, Helder Moura e Cleanto Gomes são candidatos a APL. Deixa eu dizer o que acho: Cleanto, pelo poder de convencimento, já deve ter garantido todos os votos e será o escolhido. Aguardem e confiram.

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Cleanto é neto de Osias Gomes, desembargador, escritor e imortal desta mesma Academia.

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Escreve muito e escreve bem, além de ser uma pessoa sem arestas, sem desafetos, amado por todos.

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Se eu fosse imortal, votaria nele.

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Bolsonaro decidiu vender os Correios.

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Daqui pro fim do Governo ele torra tudo.

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Inté.

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1 Comentário

  • Reply Cleanto Gomes Pereira 7 de julho de 2021 at 07:16

    Muito Grato querido e admirado TIÃO LUCENA pelas pavras elogiososas à minha pessoa, demais tocantes para mim, sobretudo porque ditas por uma personalidade do seu naipe, exemplo de cultura, inteligência e de bom caráter.

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