Li atentamente a matéria que Walter Santos publicou no seu portal sobre reclamação trabalhista ingressada pelo Ministério Público do Trabalho contra a direção do TJPB, versando sobre um suposto assédio moral em cima de funcionários recrutados para trabalhar num projeto chamado Digitaliza, através do qual os processos físicos da justiça estadual foram transportados para a era digital.
Sem querer entrar no mérito da ação, e já entrando, digo que somente li o que uma parte dizia, ou seja, foi tornada pública a versão do reclamante, sem que o reclamado tenha sido chamado à cena da discussão para fazer o contraditório.
A manchete e o texto dão espaço à versão de quem acusa e nada pergunta a quem é alvo da acusação.
Hão de dizer: na instrução do processo a parte acusada vai se defender. Verdade. Mas na divulgação do fato a parte acusada ficou engessada, sem vez e sem voz.
O que é uma pena, pois os envolvidos, como cultores do Direito, teriam a obrigação de dar o bom exemplo.
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